Concessão do Oceanário vale 114 milhões de euros

Já este ano, o Estado irá receber 35 milhões de euros do grupo Jerónimo Martins. Restante virá até 2045.

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A concessão do Oceanário será por 30 anos Daniel Rocha

A concessão do Oceanário de Lisboa ao grupo Jerónimo Martins, aprovada nesta quinta-feira em Conselho de Ministros, resultou num encaixe financeiro de 114 milhões de euros. O grupo apresentou uma proposta de "mérito inquestionável", afirmou o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, no final do conselho.

A autorização permite alienar em bloco as acções representativas do capital da sociedade concessionária do Oceanário de Lisboa. "O oceanário continua a ser um equipamento público do Estado, mas passará a ter um valor acrescentado no que respeita à investigação do valor dos oceanos”, disse Moreira da Silva. O encaixe da operação "superou largamente as expectativas", salientou ainda, defendendo tratar-se de uma boa notícia, porque a dívida da Parque Expo, se não fosse resolvida, teria impacto no bolso dos contribuintes.

Sobre o encaixe, o ministro explicou que 24 milhões são relativos à alienação das acções da sociedade concessionária do Oceanário de Lisboa e o resto à concessão do oceanário por 30 anos, num total de 79 milhões de euros. Onze milhões de euros vão ser recebidos já este ano e o restante até 2045: "Só em 2015 são 35 milhões de euros", disse o governante, somando os 24 milhões pela alienação das acções com os 11 milhões de euros da concessão.

"Além de aquário, o oceanário vai tornar-se num centro de referência internacional na área dos oceanos", disse, adiantando que a Sociedade Francisco Manuel dos Santos se comprometeu a gastar cerca de 110 milhões de euros para novas actividades do oceanário, como a conservação dos oceanos.

A escolha do Governo foi orientada pela "ambição e nível de compromisso" dos candidatos, explicou o governante, tendo em vista não só o encaixe financeiro, mas também a valorização do equipamento no contexto de investigação e desenvolvimento da protecção dos oceanos.

Concorreram também à concessão o grupo espanhol Aspro Parks, a empresa portuguesa Mundo Aquático, o grupo francês Compagnie des Alpes e a espanhola Parques Reunidos.

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