Duas manifestações em Lisboa pela Grécia

Petição lançada sexta-feira juntou mais de 1800 assinaturas em 24 horas.

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Grécia terá de adoptar 38 medidas de austeridade Yannis Behrakis/Reuters

As manifestações de solidariedade estão a sair do sofá. Em nome da Grécia, duas manifestações foram marcadas e uma petição foi lançada pela Internet.

A primeira manifestação está agendada para as 19h desta segunda-feira, no Largo de Camões, em Lisboa. Foi convocada por pessoas associadas ao PS, Livre, BE, PCP – como Carlos Trindade, Fernando Gomes, Fernando Rosas, Henrique Sousa, José Castro Caldas, Luísa Teotónio Pereira ou Mariana Avelãs.

A convocatória, intitulada Stop austeridade - apoio à Grécia - mudança na Europa, sustenta que o Governo grego tem procurado consenso para renegociar a dívida e seguir um caminho alternativo, só que o Fundo Monetário Internacional e as instituições europeias “mantêm total intransigência e desafiam o mandato democrático do povo grego, procurando impor novos cortes”.

“Vivemos a hora decisiva em que cabe à mobilização impedir a expulsão da Grécia da moeda única e da União Europeia”, lê-se no texto disponível no Facebook. “Só a democracia dos povos da Europa pode evitar a punição de um país inteiro pela recusa de mais austeridade e miséria.”

A outra manifestação foi marcada para as 18h de 25 de Junho, no Largo Jean Monnet, em Lisboa, pela denominada Plataforma de Solidariedade com a Grécia, que também junta figuras da esquerda, com o mote Concentração de solidariedade com o povo grego contra a chantagem da UE.

O mesmo sentido segue a petição Queremos a Grécia na Europa. Destinada a Martin Schultz, presidente do Parlamento Europeu, Jean Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, Mário Draghi, presidente do Banco Central Europeu, Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, foi criada às 17h de sexta-feira e 24 horas depois já tinha mais de 1800 subscritores.

“O povo da Grécia vive à beira de uma catástrofe humanitária se nestes dias não forem tomadas as decisões políticas que impeçam consequências inesperadas”, começa o texto. “Todos os europeus, e os gregos em particular, dificilmente compreenderão e aceitarão que os interesses dos credores se sobreponham às suas vidas”, prossegue. “Queremos a outra Europa, a Europa dos povos, a Europa da coesão económica e social que nos anunciaram e prometeram.” 

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