Bombeiros de Lagoa salvam cão lançado de uma arriba com bloco de cimento ao pescoço

O animal, após tratamento médico e um período de dois dias de repouso, foi nesta sexta-feira adoptado por uma família de acolhimento.

Um cão rafeiro, com um bloco de cimento atado por um baraço ao pescoço, foi atirado na passada terça-feira de uma arriba com cerca de duas dezenas de metros de altura perto do farol do Ferragudo, em Lagoa. O animal, retido por um moita a meio do precipício, acabaria por ser salvo pelos Bombeiros Voluntários de Lagoa. Após uma observação clínica e um período de repouso de dois dias, foi agora adoptado por uma família de acolhimento.

O comandante dos Bombeiros de Lagoa, Vítor Rio Alves, disse ao PÚBLICO que este foi um caso que “chocou a população” pela forma cruel como se terá dado a tentativa de matar o animal. A operação de resgate e salvamento foi levada a cabo por uma equipa especializado dos bombeiros, que desceu por cordas até ao local em que se encontrava o cão, em estado de aflição, a ganir.

“Pegaram-no ao colo, encontrava-se muito frágil”, observou. A seguir, foi transportado para o quartel e observado por uma médica veterinária que lhe ministrou uma injecção contra as dores. Dois dias após a intervenção clínica, surgiu uma família que já possuía outros animais, oferecendo-se (mediante o anonimato) para ficar com mais este jovem cão, rafeiro, com cerca de dois anos de idade.

Ana Conduto, voluntária do canil Refúgio dos Burros, em Lagoa, comentou: “Felizmente, este foi um caso com final feliz, o que nem sempre acontece.” A associação de que faz parte acolhe 150 animais, dos quais 110 são cães. Quando surgem pedidos para adopção, diz, “geralmente querem cães novos e porte pequeno, os outros vão ficando”.

O que se passou com este cão, acrescenta, “chamou a atenção para a necessidade de as autoridades estarem mais vigilantes na defesa dos direitos dos animais”. O cão resgatado, adiantou o comandante Rio Alves, “vai passar por um período de adaptação” na família de acolhimento. No entanto, prevê que o animal, que é “muito meigo”, não terá dificuldades em adoptar como seu novo dono alguém que, desta vez, o trate bem.   

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