Associação de professores teme falta de rigor do novo programa de Português

Edviges Ferreira diz que é "impossível" conciliar "de forma coerente e com rigor científico" o programa de Português para o Ensino Básico e as metas curriculares de 2012.

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A dimensão das turmas preocupa mais do que a integração das escolas em grandes agrupamentos Enric Vives-Rubio

Em declarações ao PÚBLICO – com base num documento aprovado em assembleia geral da associação – a presidente da APP duvida da existência de “resultados positivos da aplicação das metas em sala de aula” e sublinha que “a falta de rigor científico no documento das metas curriculares faz recear uma igual falta de rigor científico no novo programa”.

O facto de ter sido anunciado que aquele será conhecido em Março, e de o anterior ter sido entretanto revogado, também a preocupa. Lembra que o programa que vigorou até há pouco tempo “resultou de um processo muito aberto de consulta pública que envolveu estudos, experiências curriculares anteriores, pareceres e formação”. “Como será promovida a consulta pública do novo documento?”, questiona, frisando que “a falta de rigor científico num documento normativo não é inconsequente”. “Um bom professor pode ensinar bem com um mau programa, mas a falta de rigor acarreta necessariamente uma desqualificação do ensino e da aprendizagem”, alerta. 

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