Administração da RTP ofereceu-se para ir ao Parlamento com urgência

Comissão parlamentar de Ética analisa na sexta-feira o pedido da equipa de Alberto da Ponte e vota também o requerimento do Bloco para ouvir todos os protagonistas do caso.

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Alberto da Ponte insiste que só fará despedimentos em último caso Miguel Manso

Embora noutras ocasiões nem sempre tenha sido fácil levar o presidente da RTP ao Parlamento para explicar questões internas da empresa que suscitavam dúvidas aos deputados, desta vez foi a administração liderada por Alberto da Ponte que se ofereceu para ir à Assembleia da República. Em dois dias, ofereceu-se duas vezes, a última com carácter de “urgência”.

Numa carta enviada na quarta-feira aos deputados da comissão parlamentar de Ética, a que o PÚBLICO teve acesso, a equipa de gestão coloca-se à “inteira disposição” dos parlamentares para prestar, “com respeito pelos seus deveres, os esclarecimentos que entendam necessários ou convenientes sobre os assuntos que têm vindo a público”.

Na primeira missiva, de dois parágrafos, a equipa conta que, na sequência da deliberação do conselho geral independente de segunda-feira passada que chumbou pela segunda vez o plano estratégico da administração e criticou o processo da compra da Liga dos Campeões, “prestou os esclarecimentos que entendeu devidos ao CGI”. Nessa altura, contam Alberto da Ponte, Luiana Nunes e António Beato Teixeira, reiteraram, nomeadamente, “a sua disponibilidade para continuar a cooperar com este órgão no respeito das competências de cada um, para uma melhor RTP”.

A comissão de Ética vai apreciar esta sexta-feira de manhã o pedido da administração da RTP e também o requerimento do Bloco de Esquerda para ouvir no Parlamento, além da equipa de Alberto da Ponte, os membros do conselho geral independente e o ministro da tutela, Miguel Poiares Maduro.

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