A renovação que António Costa fez no secretariado nacional do PS estendeu-se também à comissão nacional, o órgão mais importante entre congressos, muito embora a lista integre muitos dos principais dirigentes que têm assento neste órgão por inerência.

Constituída por 251 membros efectivos, a lista para a comissão nacional foi apresentada por ordem alfabética e dela fazem parte 80 militantes afectos à anterior liderança de António José Seguro. O ex-líder parlamentar Alberto Martins é o primeiro a surgir na lista por este grupo, que integra também Álvaro Beleza, Miguel Ginestal e Rui Solheiro, que faziam parte do anterior secretariado n acional do PS.

Entre os nomes mais destacados do órgão máximo entre congressos estão João Tiago Silveira, Isabel Moreira, Paulo Campos, Pedro Delgado Alves, Joel Hasse Ferreira, José Junqueiro, José Lello, Mesquita Machado, Fernando Gomes, Gabriela Canavilhas e Vitalino Canas.

O bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, Domingues Azevedo, vai continuar na presidência da comissão de fiscalização económica e financeira do PS. Hugo Xambra surge em segundo lugar, à frente de Ana Elisa da Costa Santos, que já fazia parte dessa comissão. Os outros elementos desse órgão são Armindo Jacinto, Carlos Alberto Silva, Ana Cristina Simões e Carlos Ferreira.

Ex-deputado do PS Domingues Azevedo teve um papel interventivo na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças.

A lista para a comissão de fiscalização económica e financeira teve 996 sufrágios a favor e 126 votos em branco.

O advogado José Manuel Mesquita é o novo presidente da comissão nacional de jurisdição, seguindo-se Marcelino Pires e Cristina Bento, que já integrava este órgão. Victor Pereira, Francisco Oliveira, Telma Correia, João Serrano, Ricardo Saldanha e Ana Maria Bastos são os restantes membros efectivos do novo órgão jurisdicional do PS. Quatro destes nomes já faziam parte desta comissão.

José Manuel Mesquita sucede a Ramos Preto, cuja liderança foi alvo de grande contestação interna, que se intensificou a partir do momento em que António Costa se disponibilizou para disputar a liderança do PS.

Esta lista foi aprovada com 992 votos, registaram-se 130 sufrágios em branco.

Propostas pelo novo secretário-geral, António Costa, as duas listas para estes dois órgãos foram votadas pelos deputados em simultâneo com a lista para a comissão nacional.

As três listas resultam do acordo a que chegaram António Costa e Álvaro Beleza, em representação da facção “segurista”, que teve direito a uma quota de um terço dos votos correspondente ao peso que o anterior secretário-geral, António José Seguro, alcançou nas primárias de final de Setembro.