Livre reúne-se com PS já na terça-feira

Partido fundado por Rui Tavares quer auscultar socialistas acerca de “coincidências estratégicas” para as legislativas.

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Rui Tavares é o rosto mais conhecido do Livre Miguel Manso

O encontro entre o Livre e o PS estava a marinar há umas semanas e tinha sido pedido pelo partido fundado pelo ex-eurodeputado Rui Tavares há cerca de dois meses. Com a mudança na liderança socialista a reunião só agora ficou marcada para dia 28 de Outubro, próxima terça-feira.

Com a mudança na liderança socialista a reunião só agora ficou marcada para dia 28 de Outubro, próxima terça-feira.

Rui Tavares confirmou ao PÚBLICO que estará presente na reunião ao lado de outros dirigentes do Livre. Há duas perguntas essenciais para este encontro, diz Tavares: “Por um lado, saber que coincidência estratégica existe em relação às legislativas de 2015 para mudar a governação em Portugal e, por outro, saber se essa convergência justifica uma linha de diálogo e contacto permanente ou apenas reuniões caso a caso.”

A agenda do Livre integra ainda preocupações com “o combate à precariedade, emprego com direitos, investigação científica, PT e impacto do caso BES e a inacção do Governo”, diz o ex-eurodeputado.

Do lado do PS devem estar presentes Ferro Rodrigues e Maria de Belém Roseira. Ao que o PÚBLICO apurou, não é expectável que António Costa participe.

Esta reunião entre os dois partidos insere-se numa ronda de diálogos pela esquerda que o Livre iniciou ainda em Agosto. O partido, que tem como objectivo ganhar representação parlamentar a partir das próximas legislativas, já reuniu com o PCP, Bloco de Esquerda e PAN, assim como com a Associação Fórum Manifesto, liderada pela ex-bloquista Ana Drago, e a Renovação Comunista.
Sem descurar nenhum diálogo à esquerda, o Livre não omitiu o facto de o PS ser um partido fundamental para a construção de uma alternativa de governação à esquerda.

A reunião que terá lugar na próxima terça-feira acontece ainda no mesmo mês em que António Costa discursou no congresso do Livre, a 5 de Outubro. Na moção estratégica “Agora, o futuro”, que a direcção do Livre apresentou ao congresso, era reafirmado que a convergência não pode ser uma palavra oca e que o partido trabalhará para concretizar esse objectivo.


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