Passos Coelho nega ter interferido na “vida” do BES
Passos Coelho afirma “nunca” ter interferido nem no Grupo Espírito Santo nem no Banco Espírito Santo (BES). Em declarações esta sexta-feira, em Sernancelhe, onde esteve presente na cerimónia de abertura do ano lectivo, o primeiro-ministro reforçou o que tem vindo a dizer nos últimos dias.
“Eu nunca interferi na vida do banco e nunca interferi na vida do Grupo Espírito Santo. O que não quer dizer que o Governo não tenha, juntamente com o Banco de Portugal, preparado uma intervenção de resolução do BES que é conhecida e foi anunciada com toda a transparência”, sustentou.
Para o primeiro-ministro, as notícias sobre a sua intervenção relativamente à vida do banco – Carlos Costa terá sugerido ao primeiro-ministro que Ricardo Salgado deveria deixar as funções de liderança executiva - são “falsas”.
“Custa-me que na ausência de provas, essas afirmações sejam repetidas como se isso fosse uma verdade”, lamentou.
“Não é verdade que o Governo ou eu próprio tenhamos dado indicações ou feito interferências em grupos privados ou na vida interna dos bancos”, frisou.
Questionado pelos jornalistas, Passos Coelho voltou também a afastar qualquer tensão com o Presidente da República que levantou dúvidas sobre se recebeu “atempadamente” do Governo todas as informações relativamente à situação do BES.
“Não há e não senti nenhuma tensão com o Presidente da República”, disse.