Passos Coelho nega ter interferido na “vida” do BES

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Passos Coelho está em Chicago para participar na Cimeira da Nato Daniel Rocha

Passos Coelho afirma “nunca” ter interferido nem no Grupo Espírito Santo nem no Banco Espírito Santo (BES). Em declarações esta sexta-feira, em Sernancelhe, onde esteve presente na cerimónia de abertura do ano lectivo, o primeiro-ministro reforçou o que tem vindo a dizer nos últimos dias.

“Eu nunca interferi na vida do banco e nunca interferi na vida do Grupo Espírito Santo. O que não quer dizer que o Governo não tenha, juntamente com o Banco de Portugal, preparado uma intervenção de resolução do BES que é conhecida e foi anunciada com toda a transparência”, sustentou.

Para o primeiro-ministro, as notícias sobre a sua intervenção relativamente à vida do banco – Carlos Costa terá sugerido ao primeiro-ministro que Ricardo Salgado deveria deixar as funções de liderança executiva - são “falsas”.

“Custa-me que na ausência de provas, essas afirmações sejam repetidas como se isso fosse uma verdade”, lamentou.

“Não é verdade que o Governo ou eu próprio tenhamos dado indicações ou feito interferências em grupos privados ou na vida interna dos bancos”, frisou.

Questionado pelos jornalistas, Passos Coelho voltou também a afastar qualquer tensão com o Presidente da República que levantou dúvidas sobre se recebeu “atempadamente” do Governo todas as informações relativamente à situação do BES.

“Não há e não senti nenhuma tensão com o Presidente da República”, disse.

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