Há 21 selecções a lutar por dez lugares

Começa a jogar-se nesta segunda-feira a última jornada da fase de grupos do Mundial 2014 e há ainda muitas contas por resolver. Restam dez vagas de um total de 16 disponíveis nos oitavos-de-final e os próximos jogos prometem muita luta até ao fim.

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Vão ser várias as selecções a ter de fazer contas para seguir em frente Jorge Silva / Reuters

Grupo A Eliminado: Camarões No grupo do país organizador, a luta pelos dois lugares vai ser disputada por três selecções. Com duas derrotas, os Camarões já estão fora do Mundial e vão defrontar o Brasil, que, em caso de hecatombe, até pode perder e mesmo assim qualificar-se. Uma vitória da “canarinha” assegura automaticamente o primeiro lugar à equipa de Scolari.

A segunda vaga vai ser discutida entre o México e a Croácia. A selecção da CONCACAF tem mais um ponto do que a congénere europeia e um empate basta para seguir em frente. Num cenário extremo, até a derrota pode qualificar os mexicanos, desde que os Camarões vençam o Brasil por uma margem de dois ou mais golos. À Croácia apenas interessa a vitória, embora o empate também seja suficiente caso o Brasil saia derrotado.

Grupo B
Qualificados: Holanda e Chile
Eliminados: Espanha e Austrália

As contas no grupo B são mais simples de se fazer. A Holanda e o Chile já estão apurados, faltando apenas definir a ordem dos dois primeiros. A equipa de Van Gaal tem vantagem na diferença de golos em relação ao Chile e basta o empate para assegurar o primeiro lugar.

Grupo C
Qualificado: Colômbia

Com duas vitórias, a Colômbia já assegurou a qualificação e apenas perderá o primeiro lugar caso perca com o Japão e a Costa do Marfim vença a Grécia e consiga alcançar uma diferença de golos superior à dos sul-americanos (+4).

Uma vitória da Costa do Marfim garante à equipa africana a qualificação para os oitavos-de-final, pela primeira vez na sua história. Uma vitória ou um empate da Colômbia também permitem a qualificação dos “elefantes”. Em caso de empate e de uma vitória japonesa, aí entram os factores de desempate, sendo o primeiro a diferença de golos.

Ao Japão apenas a vitória pode dar esperanças para o apuramento e, mesmo assim, pode não ser suficiente. Para além disso, é necessário que a Costa do Marfim não vença a Grécia. O cenário é praticamente o mesmo para a equipa de Fernando Santos. Caso a Grécia e o Japão vençam ambos os seus jogos, a selecção helénica terá de vencer por uma margem que supere a diferença de golos dos asiáticos.

Grupo D
Qualificado: Costa Rica
Eliminado: Inglaterra

Para além de já ter alcançado uma qualificação surpreendente, é também muito provável que a Costa Rica termine no primeiro lugar do chamado “grupo da morte”. Uma vitória frente à Inglaterra seria suficiente ou então um empate no outro jogo, entre o Uruguai e a Itália. Mesmo perdendo, os “ticos” só seriam desalojados da sua posição caso a sua diferença de golos fosse superada.

Empatados em termos pontuais, a Itália e o Uruguai vão disputar entre si a segunda vaga. À squadra azzurra basta um empate, uma vez que tem uma diferença de golos superior à dos uruguaios.

Grupo E

A França tem a qualificação e o primeiro lugar praticamente assegurados. Apenas uma derrota que lhe retirasse a vantagem na diferença de golos — que é actualmente de +6 — poderia despromover os gauleses ao segundo lugar. E o cenário de eliminação é ainda mais absurdo, uma vez que Suíça e Equador teriam de vencer de maneira a reverter essa vantagem de seis golos dos franceses.

À entrada para a última jornada, a Suíça e o Equador têm os mesmos pontos, com vantagem para os sul-americanos na diferença de golos. Significa isto que os equatorianos só irão ficar pelo caminho caso façam um resultado pior que o dos suíços. Apesar das duas derrotas, as Honduras ainda não estão totalmente eliminadas. Uma derrota do Equador e uma vitória frente à Suíça por uma margem que lhes permita obter a melhor diferença de golos entre as três selecções são os ingredientes necessários para este milagre.

Grupo F
Qualificado: Argentina
Eliminado: Bósnia-Herzegovina

As duas vitórias oferecidas por Lionel Messi garantem a qualificação e, muito provavelmente, o primeiro lugar à Argentina no grupo F. Só mesmo uma derrota com a Nigéria é que retira a liderança à albiceleste.

A Nigéria está em boas condições de se qualificar, o que acontecerá de imediato caso não perca com a Argentina ou, mesmo perdendo, se o Irão não vencer a Bósnia-Herzegovina. A equipa de Carlos Queiroz tem apenas hipótese de alcançar os “oitavos” se vencer o seu jogo por mais de dois golos e a Nigéria perder.

Um cenário caricato seria a eventualidade de uma vitória por 1-0 do Irão e uma derrota da Nigéria também por um golo. Nesse caso, ambas as selecções ficariam empatadas em todos os factores de desempate previstos pela FIFA, pelo que se teria de recorrer a um sorteio.

Grupo G

É Portugal que tem as hipóteses mais reduzidas de seguir em frente na competição num grupo que chega à última jornada sem nenhuma equipa matematicamente qualificada nem eliminada. A Alemanha só será eliminada no caso de uma derrota com os EUA que lhes retire a vantagem na diferença de golos (+4), em favor do vencedor do jogo entre Portugal e o Gana.

Aos EUA tudo o que não seja uma derrota com a Alemanha será suficiente para seguir em frente. Mas mesmo perdendo seria necessário que não houvesse um empate entre Portugal e Gana e que o vencedor desse jogo conseguisse reverter a vantagem norte-americana na diferença de golos.

É o Gana que está em melhor posição de impedir a qualificação dos EUA. Se a equipa de Klinsmann perder, o Gana qualifica-se se vencer por dois ou mais golos.

Grupo H
Qualificado: Bélgica

O primeiro lugar só irá fugir da Bélgica em caso de derrota com a Coreia do Sul e de uma vitória da Argélia frente à Rússia. A selecção magrebina consegue a qualificação em caso de vitória e mesmo o empate pode ser suficiente. Só não será caso a Coreia do Sul vença a Bélgica por um resultado que anule a vantagem argelina na diferença de golos (+1, contra -2 dos sul-coreanos).

A Rússia tem de vencer a Argélia e esperar por um resultado que não seja uma vitória da Coreia do Sul que reverta a actual vantagem russa na diferença de golos.

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