Dezasseis reclusos nas cadeias por corrupção no final de 2013

Mais de 1100 reclusos presos em 2013 por condução sem carta. Dez por cento de um total de mais de 11 mil reclusos cumpre pena por homicídio.

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O Governo já tinha anunciado o abandono do plano para construir novas prisões por causa das restrições orçamentais Nuno Ferreira Santos

As prisões portuguesas tinham 16 reclusos condenados por corrupção no final de 2013, representando 0,13 por cento do total dos presos condenados em tribunal, segundo estatísticas da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP). Os dados da DGRSP, divulgados esta quinta-feira, adiantam que estavam ainda nas prisões portuguesas, no final do ano passado, seis reclusos condenados pelo crime de peculato - apropriação indevida de dinheiros públicos.

As estatísticas sobre os reclusos indicam também que dos 16 presos por corrupção, seis são estrangeiros. No final de 2013, existiam 11692 reclusos condenados, representados os presos por corrupção 0,13% e os detidos por peculato 0,05%.

Mais de 1100 reclusos presos em 2013 por condução sem carta

Os dados apontam ainda que mais de 1100 reclusos condenados estavam a cumprir, no final do ano passado, pena de prisão por condução sem habilitação legal. As estatísticas indicam também que, no final do ano passado, estavam nas prisões portuguesas 211 reclusos condenados por condução de veículo em estado de embriaguez ou sob a influência de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas.

Até 31 de Dezembro de 2013, dos 1129 presos por condução sem habilitação legal, 1106 eram homens e 16 eram mulheres, tendo todos mais de 21 anos. Por outro lado, 211 condenados nas prisões por condução com excesso de álcool ou sob influência de drogas, 209 eram homens e dois eram mulheres. As estatísticas da DGRSP mostram também que 120 presos condenados (apenas uma do sexo feminino) estavam a cumprir pena por condução perigosa de veículo rodoviário.

Dez por cento cumpre pena por homicídio

Quase 10 por cento (1067) do total dos reclusos condenados cumpria pena por homicídio nas cadeias no final de 2013, totalizando 1067. Segundo os serviços prisionais, os condenados por homicídio são na maioria homens com mais de 21 anos (856), mas cumprem também pena por este crime um adolescente entre os 16 e 18 anos e seis jovens entre os 19 e os 20 anos, além de 159 estrangeiros e 40 mulheres.

No final do ano passado, as prisões portuguesas acolhiam também 338 detidos, já condenados em tribunal, por violência doméstica, dos quais 333 era homens e quatro mulheres. Os dados da DGRSP indicam que, no final de 2013, cumpriam pena nas cadeias 273 reclusos condenados por sequestro/rapto/tomada de reféns, 207 por violação e 266 por abuso sexual de crianças.

Os crimes contra o património representam a maior fatia dos reclusos condenados (3398), que cumprem penas sobretudo por furto simples e qualificado (1399), roubo (1571) e burla simples e qualificada (303). Estavam ainda nas cadeias, no final do ano passado, 21 reclusos condenados por incêndio florestal.

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