Funcionários do SEF pedem reactivação da carreira de apoio à investigação

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SEF argumenta que todos os inspectores fazem falta no país Rui Gaudêncio

A presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SINSEF) afirmou nesta sexta-feira que a carreira de apoio à investigação e fiscalização, extinta em 2008, deveria ser “reconsiderada”.

“Essa carreira foi mal extinta, por isso um dos nossos objectivos é que venha a ser reconsiderada, porque os funcionários que foram integrados numa carreira geral continuam com as mesmas funções”, explicou Manuela Niza Ribeiro.

A sindicalista lembrou que outras forças policiais, como a Polícia Judiciária (PJ), têm essa distinção de carreira. “Estes funcionários não vão, efectivamente, para o terreno, mas são mais-valias porque apoiam a investigação e têm acesso a várias informações qualificadas”, frisou.

A dirigente do SINSEF realçou que a lei orgânica do SEF, publicada este ano, ainda contempla uma carreira de apoio à investigação e fiscalização, demonstrando desconhecer a sua extinção.

Manuela Niza Ribeiro explicou que o SINSEF, reactivado em Dezembro passado, teve por base aglomerar os 47% profissionais do SEF que o Sindicato de Carreira da Investigação e Fiscalização do SEF (SCIF-SEF) não abrangia.

“Há o SCIF-SEF, que apenas admite profissionais de carreira de investigação e fiscalização, e, depois, há o SINSEF que entende que todos somos SEF e está aberto a todos os funcionários”, explicou.

Acrescentando que “os 47% dos profissionais que não estão na carreira de investigação e fiscalização estavam a ser postos de lado, não lhe sendo dado voz, quando têm a mais-valia de lidar com toda a documentação, informática e público”.

A sindicalista revelou que aquando da reactivação do SINSEF houve “várias conversações” com o SCIF-SEF para juntarem os dois sindicatos num só, mas “não houve essa abertura”. “Tentamos criar uma única base sindical para remarmos para o mesmo lado, mas não foi possível”, disse.

O SCIF-SEF organiza nesta sexta-feira, no Auditório da Fundação Dr. Cupertino de Miranda, no Porto, o XVII Congresso subordinado ao tema “Portugal e a Liberdade de Circulação: contributos para uma Europa com futuro”, para o qual o SINSEF não foi convidado. “Não fomos convidados para o congresso, mas convidamos o SCIF-SEF a marcar presença na assembleia alargada em Outubro, sob a nossa organização”, terminou a sindicalista.

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