CDS quer que Costa avalie se há “incompatibilidade política” entre liderança do PS e da câmara

Líder da concelhia centrista reconhece que acumulação “não é inédita”, mas mostra-se contrário a ela.

O líder da concelhia de Lisboa do CDS-PP defendeu esta quarta-feira, na reunião do executivo camarário, que deve ser o próprio António Costa a “avaliar” se há ou não “uma incompatibilidade política” numa eventual acumulação dos cargos de secretário-geral do PS e de presidente da Câmara de Lisboa. Ainda assim, João Gonçalves Pereira não esconde que em sua opinião essa acumulação não devia acontecer.

“Entendo que um presidente de uma câmara como a de Lisboa deve estar concentrado em Lisboa. É uma câmara pesada, com muitos problemas”, afirmou o dirigente centrista, que é também vereador do município.

Referindo-se a Jorge Sampaio, João Gonçalves Pereira admitiu no entanto que “não é inédito” o desempenho em simultâneo daqueles dois cargos. “Espero que o presidente mantenha o enfoque na câmara a que preside. A questão da incompatibilidade política deve ser avaliada pelo próprio”, concluiu o vereador.

João Gonçalves Pereira não quis pronunciar-se em concreto sobre a manifestação de disponibilidade de António Costa para concorrer à presidência do seu partido, alegando que é algo “do quadro partidário do PS, que não merece qualquer espécie de comentário”. "O CDS não comenta a vida interna dos outros partidos", rematou.

Quanto ao PSD, Fernando Seara, Teresa Leal Coelho e António Prôa recusaram falar com os jornalistas sobre este assunto. Durante a reunião da Câmara de Lisboa, que António Costa abandonou por volta das 17h15 para se encontrar com António José Seguro, este tema não mereceu qualquer referência durante o período antes da ordem do dia. 

 
 

  

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