Marisa Matias diz que se devem fazer “todos os caminhos” para unir a esquerda

Cabeça de lista do BE visitou, em Coimbra, a escola secundária que frequentou há mais de 20 anos. Encontrou os mesmos nomes escritos na parede da sala de aula.

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BE deverá reafirmar a candidatura da dirigente bloquista Marisa Matias às presidenciais de Janeiro. Enric Vives-Rubio

Foi no final de uma visita à Escola Secundária D. Duarte, em Coimbra, que Marisa Matias frequentou há mais de 20 anos, que a cabeça de lista do BE às europeias defendeu que é “legítima” a aspiração das pessoas por uma esquerda que se una contra a austeridade.

Questionada sobre uma esquerda dividida que se pode prejudicar a si própria na noite eleitoral do próximo domingo, Marisa Matias considerou que “há uma aspiração legítima por parte da população em que a esquerda se una”.

“É legítima e acho que todos esses caminhos se devem fazer”, acrescentou, não sem referir que a lista que o partido apresenta a eleições é “uma prova desse esforço”.

A lista do Bloco para o Parlamento Europeu tem dez independentes em 21 lugares. “Nós temos estado em todos os processos de convergência, continuamos a lutar para que não só os partidos políticos, mas também associações, movimentos, sindicatos possam convergir e fazer a frente mais unida possível no combate à austeridade”, disse.

Depois do regresso à escola onde cumpriu o ensino secundário, a eurodeputada deu nota de um misto de sentimentos: “Foi bom e mau. Foi mau, porque encontrei a escola exactamente igual ao que estava há mais de 20 anos, quando aqui estudei”. Numa das salas de aula que visitou, Marisa encontrou o nome da sua colega de carteira "Mara Ramos" escrito na parede, como se duas décadas não tivessem entretanto passado.

“Este Governo cancela projectos de recuperação de escolas, como esta, obras que estavam em curso, e depois está sujeito a pagar multas que são três vezes superiores àquilo que seria o valor das obras nas escolas. O Governo prefere sacrificar a escola pública, travar qualquer possibilidade de desenvolvimento de infra-estruturas, mesmo que isso custe mais dinheiro aos contribuintes”, criticou.

 

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