BE quer economia do mar além da lógica mercantil e aposta em surf

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Como a economia do mar não pode apenas ser vista com uma lógica de mercado, a primeira candidata do BE às europeias defende uma utilização do surf em favor do desenvolvimento local, propondo a sua inclusão nos currículos escolares.

A candidata Marisa Matias arrancou o dia de campanha às europeias com vista para o mar e com as botas na areia da praia dos Supertubos, em Peniche, falou de um tema que sido muito levantado pela direita nesta eleições, a economia do mar.

"A economia do mar não pode ser apenas vista numa lógica de mercado. Nós temos de facto uma costa muito vasta e temos recursos que vão para além daquilo que aparece na lógica mercantil, um deles é o surf", justificou.

Na opinião da eurodeputada recandidata, "o surf não tem sido usado como deveria ser em favor do desenvolvimento local e até mesmo da proteção ambiental".

"É uma prática que poderia e deveria ser incluída, por exemplo, naquilo que são os currículos escolares. Não é muito compreensível que, com tanta costa, com tantos quilómetros de praia, seja muito difícil que as escolas cheguem, por exemplo, à prática de surf e a outras práticas associadas", disse.

Marisa Matias deu ainda o exemplo da praia dos Supertubos, onde "quando se realiza a prova do circuito mundial de surf, em três semanas, gera para a economia local qualquer coisa como nove milhões de euros".

Fazendo a analogia ao ‘slogan’ da campanha do BE a estas europeias, a recandidata ao Parlamento Europeu, "no surf como na vida temos estar de pé", considerando que a onda bloquista "começa a formar crista".

Marisa Matias conversou com um empresário do sector, Tiago Rodrigues, que falou da permanência da praia dos Supertubos no circuito mundial de surf, para o qual são feitos contratos de três anos.

"Só por existir pode sair. Já se ouvem uns boatos que com as alterações na estrutura da associação profissional de surf, que pode haver a desistência, no circuito mundial de Surf, de um dos campeonatos na Europa. Ora, se só há dois?", questionou. Com uma eventual saída, Tiago Rodrigues considerou que poderia sair "prejudicado Portugal, o desporto e o surf" porque "só a onda da Nazaré não chega".

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