Cáritas diz que austeridade não é solução para a crise

Declaração conjunta da Cáritas Europa e Cáritas Portuguesa sobre a revisão final ao programa de ajustamento económico.

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Pobres poderiam encontrar empregabilidade como engraxadores ou funcionários de estações de serviço, diz estudo da Cáritas Enric Vives-Rubio

A Cáritas Europa e a Cáritas Portuguesa discordam da declaração emitida pela troika, no início do mês, por ocasião da revisão final do programa de ajustamento económico para Portugal. As organizações da Igreja Católica lembram, aquilo que outras – "algumas relacionadas com as instituições representadas na própria troika", sublinham em comunicado à imprensa – têm vindo a dizer nos últimos tempos.

Para estas organizações que apoiam os mais pobres, as medidas de austeridade não são a única solução dos problemas causados ??pela crise. Afinal, as pessoas que "estão a pagar o preço mais elevado da crise são as que nunca foram chamadas a ter intervenção nas decisões que levaram" à mesma.

As Cáritas lembram que os países onde foram introduzidas medidas de austeridade muito fortes, como é o caso de Portugal, são os mesmos que têm sistemas de protecção social "mais débeis, o que levou a um aumento da incapacidade para proteger, socialmente, os seus concidadãos".

As organizações chamam a atenção para o relatório que a Cáritas Europeias fez, em Março, em sete dos países mais atingidos pela crise onde se revelam "as nefastas consequências e a ineficácia das medidas de austeridade, na vida das populações já, económica e socialmente, vulneráveis". Por isso, o comunicado sublinha que a austeridade "não pode ser a única solução".

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