Seguro pede aos “portugueses que concentrem votos no PS”

Francisco Assis recomenda a Paulo Rangel que “vá celebrar [o 17 de Maio] com um desempregado”, um "pensionista ou "um jovem que teve que emigrar".

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Seguro escreveu uma carta de apelo ao voto aos militantes do PS Rui Gaudêncio

No mesmo dia em que o cabeça de lista do PS, Francisco Assis, pesca votos em Castelo Branco, o secretário-geral socialista envia a todos os militantes uma carta onde avança com os argumentos a usar pelos socialistas no apelo ao voto.

A ideia base é a de que “os portugueses devem concentrar os seus votos no PS”. Porque, justifica: “O voto noutros partidos da oposição, com todo o respeito, não derrota o Governo, pois só o PS apresenta uma alternativa credível, com um projecto ambicioso para Portugal e para a Europa. Só o PS pode vencer estas eleições”, escreve António José Seguro aos militantes.

A importância das eleições é também referida na carta do líder do PS. “Pela primeira vez, este Governo enfrenta uma eleição nacional. Pela primeira vez, cada português tem a oportunidade de enviar um recado ao Governo”, sustenta Seguro.

No mesmo dia, Francisco Assis circulou pelo distrito de Castelo Branco. Com as ruas pouco frequentadas, o candidato teve de fazer o circuito das lojas, onde recebeu algum apoio. No Fundão, o proprietário de um supermercado pediu-lhe para “arregaçar as mangas”.

Na Covilhã, antes do segundo “contacto com a população”, aproveitou para responder ao cabeça de lista da Aliança Portugal, que o desafiara a dizer se tencionava celebrar o 17 de Maio, data da alegada saída da troika.

“O doutor Paulo Rangel que vá celebrar com um desempregado, com um pensionista que perdeu rendimentos, com um jovem que teve de emigrar”, atirou Assis, antes de concluir que o candidato do PSD e CDS só falava em comemorar porque estava “muito longe do país real”.

E a melhor forma que o PS encontrava para marcar a diferença em relação à direita era mesmo andar nas ruas ao encontro das pessoas. Assis ensaiou a sintonia com esse país real, no Fundão, experimentando, por mais de uma vez, depois de desafiado por lojistas, uma “inovação” da escola de hotelaria, o “pastelinho de cereja”.

E na Covilhã, teve de entornar “uma pinguinha” de Porto. O “país real” levou-o a fazer “um brinde à vitória do Befica”, apesar de ser um “homem do Porto e do Futebol Clube do Porto”. E os que o acompanhavam brindaram.

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