Rangel reivindica para a Aliança a defesa do Estado Social

Alvo da coligação são os socialistas. "Se alguém pôs em causa o Estado Social depois do 25 de Abril foi o PS", acusa cabeça de lista do PSD no primeiro dia de campanha oficial.

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Rui Gaudêncio

O cabeça de lista da Aliança Portugal (PSD/CDS) às eleições europeias, Paulo Rangel, acusou os socialistas de terem colocado o Estado social “em perigo” ao terem levado o país à bancarrota. No primeiro dia de campanha oficial, na Guarda, interior do país, os candidatos da Aliança Portugal focaram-se no PS.

Num almoço com apoiantes, num hotel no centro da Guarda, Paulo Rangel, defendeu que foi o Governo de coligação que tem recuperado o Estado Social. Falaram os dois candidatos da coligação (Nuno Melo, pelo CDS), depois ouviu-se o hino nacional. Tem sido assim - e será -  em todas as iniciativas da campanha, garantem elementos da caravana. 

O alvo é o PS. “Se alguém pôs em causa o Estado Social depois do 25 de Abril foi o PS, um Governo que levou o país à bancarrota não está a defender o Estado Social. Foi o que os socialistas fizeram em 2009, 2010 e 2011”, afirmou Paulo Rangel. E quando os socialistas falam do Estado Social “são lágrimas de crocodilo”.

Os créditos da recuperação cabem, naturalmente, ao Governo PSD/CDS. “Tentaram [destruir o Estado Social] mas não conseguiram, nós salvámos a sustentabilidade do Estado Social e estamos a trabalhar para que seja melhor e conseguimos subir os fundos comunitários de 23% para 35%”, afirmou Paulo Rangel.

Os apoios de Bruxelas já tinham sido, aliás, o argumento usado para responder a jornalistas da imprensa regional. Ao final da manhã, numa esplanada do centro da cidade, quase sem ninguém, Paulo Rangel foi questionado sobre a desertificação do interior e a queda da natalidade.

Depois, a campanha percorreu duas ruas da cidade para distribuir canetas e alguns panfletos. Pouca gente, pouco entusiasmo.

A mobilização viria a ser a dos candidatos contra os socialistas, desta vez pela voz de Nuno Melo. O horizonte já não são as europeias mas as legislativas de 2015.

“Os socialistas foram a competência em serem incompetentes. E agora que há reservas financeiras para um ano querem voltar lá. E compete-nos a nós dizer não, não não”, afirmou o vice-presidente do CDS, negando o que o líder do PS reclamou como “voto útil”.

“Qual a utilidade de dar a vitória a um partido ou Governo que em 2011 nos deixaram em caixa dinheiro para alguns dias?”, questionou. 

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