Reitores apontam união das três universidades do Norte como um "bom exemplo"

Cooperação estratégica assumida pelas universidades do Minho, Porto e Trás-os-Montes poderá ser modelo a replicar na região Centro

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O representante dos reitores admite também "união estratégica" entre universidades do Centro Nuno Ferreira Santos

O presidente Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) classificou este sábado, em Vila Real, como um "bom exemplo" a união estratégica das três universidades do Norte, referindo que se poderá repetir em outras regiões do país.

"É um exemplo que deve ser seguido nas outras universidades portuguesas", afirmou António Rendas aos jornalistas no final da cerimónia do 28.º aniversário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

As três universidades do Norte - Porto, Minho e UTAD - vão assinar em breve um memorando de entendimento com vista a um acordo estratégico entre as três instituições.

Para António Rendas, esta cooperação pode traduzir-se em vantagens sobretudo a nível da mobilização para investimentos a nível nacional e europeu, da circulação de estudantes ou de projetos de investigação conjuntos. "Eu diria que é uma situação em que todos ganhamos. Ganha a região e ganha também o país", frisou o presidente do CRUP.

O responsável referiu ainda ter a informação de que esta união está também a acontecer a "nível da região centro", esperando que ocorra nas outras regiões também.

O reitor da UTAD, António Fontaínhas Fernandes, destacou também as vantagens do memorando de entendimento entre as universidades nortenhas. "Permite melhores formatos de cooperação estratégica, complementaridade de oportunidades, do ponto de vista do ensino e de investigação, e desenhar modelos mais integrados entre as três instituições no próximo quadro comunitário", salientou. Ou seja: "Em vez de cada um apresentar os projectos de forma isolada, podemos ganhar escala se trabalharmos de forma concertada".

O reitor da Universidade do Minho, António Cunha, referiu que este memorando "tendencialmente poderá evoluir para um protocolo mais aprofundado", num processo que será construído nos próximos temos. "Isto resulta, diria, de um processo natural devido aos desafios que o Ensino Superior tem hoje a nível nacional e internacional", frisou.

Resulta também, na opinião do mesmo responsável, "de uma realidade emergente que é o próximo quadro comunitário europeu 2020, que será muito importante para o desenvolvimento destas instituições".

"Tudo isto leva a que as universidades reforcem os seus laços de cooperação, sem perda das suas marcas identitárias; certamente continuarão a ser três universidades independentes", sublinhou

Para António Cunha, os projectos a desenvolver "podem e devem ter pontos de articulação, nomeadamente na atracção de estudantes estrangeiros, em grandes projectos de investimento, na definição do alinhamento dos objetivos estratégicos da região".

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