Comissão parlamentar portuguesa "feliz" com evolução da situação política moçambicana

O presidente da Comissão afirmou que a manutenção da paz em Moçambique é um factor crucial para o desenvolvimento económico do país. Portugal e Moçambique partilham interesses "estratégicos".

A Comissão dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas da Assembleia da República manifestou-se esta quarta-feira feliz com o desanuviamento da tensão política e militar em Moçambique, apontando que o país africano "é estratégico para Portugal".

A satisfação da comissão foi transmitida pelo presidente do órgão, Sérgio Sousa Pinto, no âmbito dos encontros que uma missão da comissão manteve hoje em Maputo com as chefias das três bancadas parlamentares moçambicanas, nomeadamente Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

"Acompanhámos com muita preocupação a situação política e militar em Moçambique, mas estamos felizes com a evolução da situação. Falámos com várias entidades e temos estado a ouvir uma mensagem de confiança", disse Sérgio Sousa Pinto.

A realização em curso do recenseamento eleitoral, realçou o deputado socialista português, e o sinal de que haverá eleições gerais (presidenciais e legislativas) em Outubro, é a demonstração de que Moçambique já está a resolver a crise política e militar que prevalecia desde finais de 2012.

"Os assuntos de Moçambique são assuntos que interessam a Portugal, porque Moçambique tem um interesse estratégico pelos laços históricos e linguísticos existentes entre ambos os países e pelo seu papel no continente africano", afirmou Sérgio Sousa Pinto.

O presidente da comissão apontou a manutenção da paz em Moçambique como factor prévio para que continue na senda do crescimento e desenvolvimento económico, salientando a importância fundamental do país para o continente africano.

Moçambique viveu desde princípios de 2012 até recentemente uma situação de forte instabilidade política e militar, devido a divergências entre o Governo e a Renamo, principal partido da oposição, em torno da lei eleitoral, mas as negociações para resolver a situação resultaram já na aprovação de uma nova lei eleitoral, que acomoda as exigências do principal partido da oposição.

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