CDS-Madeira não faz campanha pela coligação Aliança Portugal

É a recção dos populares madeirenses pela suspensão do deputado Rui Barreto, por ter votado contra o Orçamento de Estado.

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José Manuel Rodrigues num debate quinzenal na Assembleia da República Daniel Rocha

O CDS-PP da Madeira não fará campanha para as eleições europeias de Maio pela coligação Aliança Portugal, confirmou ao PÚBLICO o líder regional daquele partido, José Manuel Rodrigues.

O deputado madeirense reitera a posição tomada em Setembro pela comissão politica regional que, em reacção à suspensão do deputado Rui Barreto por este ter votado contra o Orçamento de Estado, decidiu “não indicar qualquer candidato às eleições europeias do próximo ano, nem participar na campanha eleitoral da coligação nacional”.

A lista que será concluída esta quarta-feira integra no quinto lugar, em representação do PSD-Madeira, Cláudia Aguiar, deputada à Assembleia da República, que substituirá o madeirense Nuno Teixeira no Parlamento Europeu. A recandidatura deste eurodeputado tinha sido aprovada pela comissão política regional, mas foi surpreendentemente substituído por Alberto João Jardim em negociação com Pedro Passos Coelho.

Ainda hoje a lista conjunta receberá o nome da candidata que irá ocupar a oitava posição e será indicada pelo conselho nacional do CDS-PP que se reúne ao fim da tarde.

PS Madeira negoceia posição de destaque
Por seu lado, o líder regional madeirense do PS, Victor Freitas, está a negociar com a direcção nacional do partido, em Lisboa, a inclusão de um representante na lista, numa posição acima do oitavo ou nono lugar inicialmente proposto. Indicou o nome de Liliana Rodrigues, professora da Universidade da Madeira e coordenadora do Laboratório de Ideias dos socialistas madeirenses.

Só nas eleições europeias de 1994 o CDS-PP madeirense teve um representante no Parlamento Europeu. Naquele ano, o PSD comtemplou a Madeira com a inclusão de Nélio Mendonça, ex-presidente do parlamento regional, em lugar elegível. O PS-Madeira indicou o medico Quinídio Correia (que ficou como suplente na lista), e o CDS madeirense candidatou o engenheiro Rui Vieira, que não foram eleitos, embora, por substituições posteriores, tenham assumido o mandato em Novembro de 1995. Tratou-se do único período em que estiveram três deputados madeirenses em simultâneo no Parlamento Europeu.

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