Sindicatos dizem que se abre novo ciclo nos Estaleiros

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Os representantes sindicais reunem amanhã com o ministro PAULO RICCA/Arquivo

O coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo (USVC) vai ser o rosto do “novo ciclo que se abre” na estratégia de defesa dos postos de trabalho e da construção naval.

A Branco Viana caberá a tarefa de conduzir os contactos com o Ministério da Defesa e com o subconcessionário Martifer. Diálogo para o qual foi mandatado, esta semana, pela maioria dos trabalhadores dos ENVC. Esta quarta-feira o sindicalista é recebido por Aguiar Branco a quem vai pedir, “olhos nos olhos”, um diálogo “sério e aberto” sobre o futuro dos trabalhadores que ainda não aderiram ao plano de rescisões amigáveis lançado pela administração dos ENVC.

“Chegou a hora do jogo ser aberto. Que não se martirize mais os trabalhadores com mais jogos de cintura porque já ninguém aguenta, por muito mais tempo, este cenário”, apelou. Se assim for, acredita, serão ultrapassados os problemas, sem mais formas de luta.

Branco Viana vai ainda dizer a Aguiar Branco que o plano de rescisões falhou, face ao número de adesões. Pelas contas da USVC, 129 trabalhadores já rescindiram, enquanto que a administração confirma 150 adesões. "Há mais de 450 trabalhadores que continuam vinculados à empresa pública. Quero saber qual o plano B para resolver a vida destes trabalhadores”, frisou.

Igualmente importante, diz o sindicalista, “é saber se o contrato com a Venezuela para a construção de dois navios asfalteiros está ainda em vigor e se é ponto assente, ou não, que serão construídos em Viana”. “É prioritário para que acreditemos que os ENVC, mesmo com outra designação no futuro, sejam uma empresa para continuar no sector da construção naval”, explicou.

Este ponto será também fundamental para perceber se o número de postos de trabalho que Martifer se propõe criar, cerca de 400, durante o primeiro semestre deste ano, será fiável ou não.
 
 

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