Aguiar-Branco nega negócios com Martifer e pede justiça contra Ana Gomes

Ministro depôs em tribunal no processo que interpôs à eurodeputada Ana Gomes por difamação.

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Aguiar-Branco interpôr uma acção contra Ana Gomes

O ministro da Defesa Nacional declarou esta sexta-feira que o seu escritório de advogados nunca teve negócios com o grupo Martifer, à saída do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), onde depôs num processo contra a eurodeputada Ana Gomes.

"Espero que se faça justiça. Aquilo que eu estou a fazer é aquilo que qualquer cidadão deve fazer quando vê o seu bom nome e a sua honorabilidade posta em causa. É isso que se espera em democracia e é isso que se espera do exercício de cidadania. Há limites que não podem ser ultrapassados e na política como na vida não vale tudo", afirmou.

José Pedro Aguiar-Branco falava aos jornalistas à saída do DIAP, no Campus de Justiça, Lisboa, após prestar declarações no âmbito do processo judicial contra a eurodeputada do PS Ana Gomes, contra a qual apresentou queixa por difamação.

Em Novembro passado, em declarações na TVI24, Ana Gomes criticou o processo de subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e defendeu que "é preciso verificar" eventuais "negócios" entre o escritório de advogados do ministro e o grupo Martifer, que venceu o concurso público internacional para a subconcessão.

Questionado pelos jornalistas sobre se o seu escritório de advogados tem negócios com aquele grupo, Aguiar-Branco respondeu que "como é óbvio não tem". "Aliás, essas graves suspeitas infundadas ultrapassam todos os limites e essa ultrapassagem de limites é que determinou a queixa", afirmou.

O ministro não esclareceu se pede alguma indemnização, afirmando que isso se verá "mais tarde".

"A senhora deputada lançou infundadamente suspeitas e pôs em causa o meu bom nome. Eu tenho vida para lá de ministro. Estou ministro, tenho família, tenho profissão, tenho amigos, tenho tudo para lá da circunstância em que estou. Não é aceitável que seja posta em causa a honorabilidade de uma pessoa", afirmou, reiterando que "não há nenhum fundamento" nas declarações de Ana Gomes.

 
 

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