Quatro horas de ansiedade no Twitter que terminaram em pesadelo

A quase seis mil quilómetros de distância de Cabul, em Cambridge, no Reino Unido, Mona Hamade tentava telefonar ao seu pai, Kamal, dono do Taverna do Líbano.

"O meu pai está no restaurante. Tem alguma informação? Ninguém atende o telefone", escreveu Mona na rede social Twitter, dirigindo-se à jornalista freelance norte-americana Courtney Body, que vive no Afeganistão.

Nas quatro horas seguintes, vários jornalistas enviaram mensagens de apoio, mas era cedo para se saber ao certo o que acontecera no interior do restaurante.

A ansiedade crescia a cada mensagem partilhada. "Preciso de informações sobre o meu pai, que é dono do Taverna. Não consigo falar com ele, podem ajudar-me?"

O jornalista afegão Najeeb Rehan Hazem foi o primeiro a furar o silêncio das certezas que Mona Hamade procurava no Twitter. "Lamento dizer isto, mas dizem que ele já não está entre nós. Mais uma vez, lamento."
 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar