Associação da GNR diz que promoções vão criar “problemas internos”

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O assalto está a ser investigado pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR Foto: Carla Carvalho Tomás

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) considerou neste sábado que a promoção de 1.210 elementos da GNR vai criar “problemas internos”, tendo em conta que ficam de fora 305 militares que reúnem as mesmas condições.

“Ficam por promover 305 militares e nós não concordamos com isso, porque são promoções automáticas e a promover tinham que ser todos promovidos”, disse à agência Lusa o presidente da APG/GNR, César Nogueira.

O presidente da associação socioprofissional mais representativa da GNR reagia ao anúncio do Ministério da Administração Interna, que vai promover 1.210 militares da Guarda Nacional Republicana e autorizou a abertura de 400 novas vagas para ingresso no curso de formação de guardas.

Segundo César Nogueira, os 1.210 militares que vão ser promovidos pertencem à classe de guardas, sargentos e oficiais, correspondendo a promoções automáticas relacionadas com a antiguidade.

O presidente da APG adiantou que ficam de fora 305 militares que reúnem as mesmas condições dos 1.210 que vão ser promovidos.

“O ministro tem que promover todos os militares que reúnem as condições, porque vai criar novamente mais desmotivação”, sustentou, sublinhando que “numa instituição militarizada como a GNR cria instabilidade”.

César Nogueira disse também que o Governo está “a dar um rebuçado para acalmar as hostes, mas ao tentar dar esse rebuçado cria mais instabilidade”.

O presidente da APG afirmou igualmente que estas promoções “não vão acalmar os ânimos” entre os militares, que “estão revoltados” ao terem consultado esta semana on-line os recebidos do vencimento e verificaram os cortes salariais que vão ter no mês de Janeiro.

Sobre abertura de 400 novas vagas para ingresso no curso de formação de guardas, César Nogueira considerou que este número “representa muito pouco em relação às saídas que tem acontecido na GNR e à falta de efectivo”.

César Nogueira adianta que, no mínimo, são necessários 800 novos guardas.

 

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