Apenas 13% dos casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica estão diagnosticados

Dados da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Foto
Está prevista a deslocação de especialistas do CHUC até Montemor-o-Velho, Cantanhede, Soure, Miranda do Corvo, Lousã, Arganil, Oliveira do Hospital e Tábua PÚBLICO

Apenas 13% dos casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) estão diagnosticados, segundo a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), que estima que esta doença afecte cerca de 800 mil portugueses.

Pelo facto desta doença respiratória se encontrar sub-diagnosticada, muitos doentes só procuram um médico depois de perderem cerca de 50% da capacidade respiratória, alertou neste domingo a SPP em comunicado.

Carlos Robalo Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, salienta no comunicado que “é fundamental promover o diagnóstico precoce, de modo a intervir atempadamente e abrandar o declínio da capacidade respiratória do doente” e sublinha que cerca de 86% dos doentes a quem foi feito o diagnóstico com base na realização de uma espirometria não estavam identificados.

A SPP defende ser importante promover o acesso à espirometria através dos Cuidados de Saúde Primários, pois de acordo com a vice-presidente da organização, Cristina Bárbara, “é impossível diagnosticar a DPOC à luz da simples observação sem a realização de uma espirometria”.

A DPOC foi um dos temas debatidos no XXIX Congresso de Pneumologia, que decorreu entre sexta-feira e hoje em Albufeira.

Segundo uma projecção da Organização Mundial de Saúde, esta será a quinta causa de incapacidade em 2030.

Em Portugal, a mortalidade por doenças respiratórias constitui a terceira principal causa de morte a seguir às doenças cardiovasculares e aos tumores, de acordo com os dados do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias.

Sugerir correcção
Comentar