"Farei tudo para que a relação com Angola não seja abalada", diz Passos

Primeiro-ministro português ainda não falou com presidente angolano, mas diz que "um destes dias" o fará.

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Passos Coelho salientou que está em Bratislava a defender os interesses do país Laurent Dubrule/Reuters/arquivo

O primeiro-ministro português afirmou esta quarta-feira, no México, que fará tudo o que está ao seu alcance para que a relação entre Portugal e Angola não seja abalada, referindo ainda não ter falado com o Presidente angolano sobre este assunto.

“Eu farei o que está ao meu alcance, como chefe do Governo português, para que essa relação entre os dois países não seja abalada por episódios de qualquer espécie", declarou Pedro Passos Coelho à comunicação social portuguesa, num hotel da Cidade do México, onde se encontra em visita oficial.

Sem explicitar, o primeiro-ministro limitou-se a afirmar: "Aquilo que iremos fazer, como temos vindo a fazer desde o dia em que eu tomei posse, é realizar uma aproximação muito grande com o Governo angolano, mas também com instituições angolanas, de forma a cultivar e a aprofundar esta relação que é importante para as duas nações e para os dois povos”.

Passos Coelho falou sobre o assunto no dia seguinte ao Presidente da República de Angola ter afirmado, no seu discurso  sobre o Estado da Nação, que "têm surgido incompreensões ao nível da cúpula política [portuguesa] e o clima político actual, reinante nessa relação, não aconselha a construção da parceria estratégica."

Interrogado se já falou com José Eduardo dos Santos sobre este assunto, o primeiro-ministro português respondeu: “Não tive oportunidade de falar com o Presidente José Eduardo dos Santos, mas não tenho dúvidas nenhumas de que um destes dias haveremos de trocar impressões”.

O primeiro-ministro sublinhou ainda o que já tinha afirmado em comunicado, logo após as declarações do Presidente angolano. "A relação entre Portugal e a Angola é uma relação especialmente importante para os angolanos, para os portugueses, para capitais e empresas angolanas, para capitais e empresas portuguesas".

Antes, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, já tinha afirmado aos jornalistas estar convicto de que será encontrada uma solução para o diferendo diplomático aberto.

 
 

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