PCP diz que socialistas têm um problema e não se quer envolver

O PCP considerou neste domingo que o PS sai do congresso "com um problema" em que os comunistas "não se querem envolver" e que "sem tocar no memorando e pedir a demissão do Governo" é "impossível um novo rumo".

Em declarações aos jornalistas no final do XIX Congresso do PS, Ângelo Alves, da Comissão Política do PCP, acusou António José Seguro de fazer um discurso contraditório ao "pedir uma maioria absoluta com todos".

"O PS fala aqui de um novo rumo para Portugal mas sai deste congresso com um problema, porque apresenta um conjunto de propostas avulsas, algumas que poderíamos apoiar, mas não toca nas questões estruturais e que estão em jogo quando olhamos para a situação do país", criticou.

O dirigente comunista lamentou que "quer o discurso de abertura, quer de encerramento, abandonem curiosamente a exigência de demissão imediata do Governo" e não toquem "na necessidade premente de rejeitar o pacto de agressão".

"Não se toca na questão de não só travar a austeridade, mas fazer marcha atrás no que foi a retirada de direitos de poder de compra aos trabalhadores e ao povo português, isso fica ausente deste discurso", acrescentou.

Ângelo Alves frisou que "sem tocar no memorando de entendimento, sem pedir a demissão imediata do Governo, é impossível um novo rumo para Portugal".

"O PS sai daqui com um problema e nesse problema o PCP não se quer envolver", rematou.

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