Contrariar o empobrecimento é a primeira mensagem de Seguro na campanha interna

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Seguro reafirma o compromisso do PS com as metas do memorando, mas não com as medidas Miguel Madeira

Lutar contra o empobrecimento e apostar no crescimento como forma de criar emprego. São estas as linhas gerais em matéria económica da moção com que António José Seguro pretende convencer novamente os militantes do PS a elegerem-no como secretário-geral.

Na primeira sessão da campanha interna, que decorreu na noite desta terça-feira, em Famalicão, o líder socialista aproveitou esses temas para criticar o Governo de Passos Coelho.

“Um país que empobrece não resolve um problema, só soma problemas aos que já existem”, afirmou Seguro, salientando a necessidade de “coesão social” e de combate “às desigualdades sociais”. "O primeiro-ministro considera que o desemprego e a pobreza são inevitáveis, naturais. O PS não tem essa visão. Consideramos que são flagelos que devem ser combatidos", acrescentou. O secretário-geral socialista disse ainda que não quer “um Governo que abona os que menos têm” e contrariou a ideia de que a pobreza e a crise sejam inevitáveis.

António José Seguro reforçou ao longo do discurso a ideia de recusa da “inevitabilidade”. “Nós sempre resistimos e sempre dissemos que havia um caminho alternativo. Uma das nossas prioridades continua a ser o crescimento económico e o emprego”, descreveu o socialista. As ideias em matéria de política económica fazem parte da moção “Portugal tem futuro” com a qual se apresenta ao próximo congresso do partido. Mas o tema foi o ponto de partida para um ataque ao Governo.

O líder dos socialistas acusou Passos Coelho de destruir 200 mil empregos e recordou que o défice está acima do previsto pelo Governo, enquanto “a dívida não pára de crescer e a economia não pára de cair”. Seguro classificou mesmo a situação do país como uma “enorme tragédia económica e social”.

Uma das prioridades elencadas por António José Seguro é o combate ao desemprego, tendo proposto um programa de 100 mil milhões de euros a nível europeu para responder aos problemas surgidos nesta campo. De resto, uma solução europeia para a crise foi um dos temas mais vezes abordados ao longo do dia por Seguro. O responsável do PS pretende ainda lançar um programa de reabilitação urbana para estimular o sector da construção e recuperou a proposta socialista de redução do IVA da restauração para 13%.
 
 
 

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