PS recusa indicar deputados para a comissão de reforma do Estado

Carlos Zorrinho, líder do grupo parlamentar, nega que exista, neste momento, uma discussão de cargos no interior do PS.

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Carlos Zorrinho sublinha "convergência interna", referindo-se a Seguro e Costa Daniel Rocha

O grupo parlamentar do PS confirmou esta quinta-feira o óbito da comissão eventual para a reforma do Estado. Numa carta enviada ao gabinete da presidente da Assembleia da República, o chefe de gabinete da bancada socialista, Eduardo Quinta Nova, deu a conhecer que o PS “não indicará qualquer representante para integrar” aquela comissão.

A carta confirma a decisão anunciada esta semana do principal partido da oposição de não colaborar com a proposta do dois partidos da maioria.

Após a última conferência de líderes, a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, avisou que não daria posse a uma comissão em que a oposição se recusasse a participar. Os grupos parlamentares tinham até à próxima terça-feira para indicar os nomes dos deputados para o grupo de trabalho.

A carta foi tornada pública depois da reunião da bancada, esta quinta-feira, que teve uma duração bem mais reduzida que o habitual. À saída, o líder parlamentar Carlos Zorrinho resumiu a reunião como um “debate sério sobre ideias e sobre propostas para os portugueses”.

Sobre os momentos agitados que o PS tem vivido nos últimos dias, Zorrinho acrescentou apenas ter transmitido aos deputados a “alegria de poder constatar a convergência” interna que na sua opinião resultou da comissão política realizada na passada terça-feira.

“Neste momento, o que está a ocorrer é um debate sério sobre ideias, sobre propostas e não qualquer debate sobre pessoas ou cargos. Até ao momento isso não existiu, porque o que tem sido discutido são propostas, princípios e soluções para os portugueses”, afirmou Carlos Zorrinho. E acrescentou que o grupo parlamentar, do qual é líder, é "o melhor exemplo de unidade na diversidade” que constitui o PS.
 

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