Dez feridos em explosão num autocarro de Telavive

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Não houve vítimas mortais entre os passageiros do autocarro Nir Elias/Reuters
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Uma explosão a bordo de um autocarro, nesta quarta-feira no centro de Telavive, feriu pelo menos dez pessoas. As causas da detonação não estão ainda apuradas.. As autoridades israelitas suspeitam tratar-se de uma acção terrorista, depois de uma noite de novos bombardeamentos contra a Faixa de Gaza, apesar do anúncio de cessar-fogo.

Segundo a edição online do jornal Ha’aretz, a polícia procura dois suspeitos, incluindo uma mulher, depois de ter recebido informações de que saíram à pressa do autocarro pouco antes da explosão.

“Isto foi um ataque terrorista. A maioria das vítimas sofreu apenas ferimentos ligeiros”, disse ao jornal um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Há, no entanto, notícia de que três dos ocupantes do autocarro ficaram feridos com gravidade.

A provar-se de que se tratou de um atentado, é a primeira acção do género a visar uma cidade israelita em mais de um ano. O último ataque terrorista em Telavive, a maior cidade israelita, aconteceu em Abril de 2006, quando um palestiniano detonou o cinto de explosivos que transportava junto a um quiosque, matando 11 pessoas, recorda a Reuters.

Mal as rádios noticiaram a explosão, ouviram-se disparos de celebração na cidade de Gaza e um porta-voz do Hamas, no poder naquele território palestiniano, disse que a acção “é a resposta natural ao massacre israelita em Gaza”.

Sami Zuhri não reivindicou a autoria da explosão, mas deu a entender que o movimento está disposto a retomar a política de atentados no coração de Israel ao avisar que  “as facções palestinianas vão recorrer a todos os meios para proteger os civis palestinianos face à ausência de um esforço mundial para parar a agressão israelita”

A explosão aconteceu numa altura em que a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o secretário-geral da ONU estão na região para garantir a entrada em vigor do cessar-fogo anunciado terça-feira pelo Presidente egípcio, após três dias de contactos com delegações israelitas e do Hamas, o movimento islamista no poder em Gaza.

Mohamed Morsi revelou a existência de um “acordo de princípio” para que as hostilidades cessassem à meia-noite de terça-feira, mas o Governo israelita veio depois dizer que não dera ainda o aval ao texto proposto pelo Cairo. A aviação israelita bombardeou durante a noite e manhã cerca de uma centena de alvos, incluindo um edifício do Governo e a casa de um alto dirigente do Hamas. No mesmo período, terão sido disparados três dezenas de rockets contra Israel.

Notícia actualizada às 11h32: acrescentada informação sobre Gaza

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