PS avisa que “é altura de dizer basta e separar as águas”

Os avisos do PS não param. O líder parlamentar Carlos Zorrinho voltou a dizer que está na “altura de dizer basta e de separar as águas”.

“O Governo não fez outra coisa senão afastar-se do PS e da sociedade portuguesa, ignorar os sinais e as propostas, radicalizar as opções. É por isso altura de dizer basta e de separar as águas”, afirmou Zorrinho esta tarde numa declaração política no Parlamento, antes do debate com o ministro das Finanças.

Para o PS, o Governo “destruiu a sua credibilidade perante o país" - o que é "o primeiro passo para destruir a credibilidade internacional", avisa Zorrinho. E isso, o PS não deseja, dizendo-se aberto "a trabalhar com todos. No Parlamento e fora dele."

Zorrinho citou os três parágrafos da intervenção de António José Seguro no fim-de-semana, em Penafiel, em que deixou no ar a ameaça de que o PS irá votar contra o Orçamento do Estado. “Quando o primeiro-ministro opta por estas medidas [de austeridade] não pode ignorar o que o PS tem dito sobre a consequência que isto terá na votação que faremos do OE para 2013”, avisou então Seguro.

“Não há memória”, disse Zorrinho, “de uma estratégia ideológica para formar o empobrecimento do país, a emigração, o desemprego, as falências das empresas e o desespero das famílias”.

O líder parlamentar socialista classificou a austeridade do Governo como uma “obsessão”, considerando que um ano depois, a equipa de Pedro Passos Coelho insiste no “experimentalismo” e faz dos portugueses “cobaias de políticas fora do alvo e desadequadas”. A prova disso é que apesar de Portugal ter o salário mínimo mais baixo do sul da Europa, “o Governo não se coíba de, pela primeira vez, o fazer recuar”.

As novas medidas de austeridade estão a provocar “uma espiral recessiva que está a matar a economia real e a destruir a vida” da população. Por isso, aponta Zorrinho, “o Governo não tem política económica, não tem política europeia, nem vestígios de sensibilidade social”.

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