Dominique Strauss-Kahn demite-se da direcção do FMI

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DSK aproveitou ainda o comunicado da sua demissão para reafirmar a sua inocência Foto: Yuri Gripas/Reuters

Dominique Strauss-Kahn demitiu-se do cargo de director do Fundo Monetário Internacional (FMI) depois de ter sido acusado de tentativa de violação de uma empregada de limpeza num hotel nova-iorquino.

“É com infinita tristeza que me sinto compelido a apresentar hoje à direcção executiva a minha demissão do meu cargo de director geral do FMI”, disse DSK num comunicado com data de ontem e enviado hoje cedo ao FMI. “Neste momento eu penso sobretudo na minha mulher - que eu amo mais do que tudo - nos meus filhos, na minha família e nos meus amigos”, indica ainda o comunicado.

DSK aproveitou ainda o comunicado da sua demissão para reafirmar a sua inocência: “Quero dizer que nego com a maior das firmezas todas as alegações feitas contra mim”.

A demissão de DSK acontece quatro dias depois de este ter sido removido com escolta policial de um avião da Air France que estava prestes a levantar voo do Aeroporto Internacional Kennedy, em Nova Iorque, e detido sob acusação de violação.

Strauss-Kahn, eminente político francês, deveria anunciar em breve a sua candidatura à presidência francesa. Era um dos fortes candidatos à substituição de Nicolas Sarkozy na chefia de Estado.

Apesar de DSK ser considerado um hábil gestor e economista, a sua reputação já havia ficado manchada em 2008 depois de ter mantido uma relação extra-matrimonial com uma economista húngara que era sua subordinada.

Nessa altura, o FMI decidiu manter o seu apoio a DSK, concluindo que o francês tinha feito uma má escolha. Depois deste affair, pediu desculpas públicas ao banco e à sua mulher, Anne Sinclair, uma jornalista franco-americana.

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