Seis feridos numa explosão na Tailândia

Detonação em local de protestos anti-governo.

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Manifestantes continuam nas ruas, não há sinais de um fim da crise política tailandesa /Damir Sagolj/Reuters

Seis varredores de rua ficaram feridos com a explosão de um engenho improvisado na capital da Tailândia - dois deles em estado grave.

Segundo o responsável da polícia Nopparuj Jitman, a explosão do engenho (provavelmente com base em fogo de artifício) foi causada quando os funcionários da limpeza da cidade estavam a mudar vasos com árvores perto de um dos principais pontos das manifestações anti-Governo em Banguecoque.

Dois dos feridos estão hospitalizados e em estado grave, acrescentaram os serviços de emergência médica.

Os manifestantes têm ocupado algumas ruas em Banguecoque e bloqueado alguns ministérios desde Novembro. Pedem a demissão da primeira-ministra Yingluck Shinawatra e a nomeação de um governo transitório para levar a cabo reformas que, dizem, são necessárias para evitar a corrupção e o domínio de Yingluck e do seu irmão, o antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, actualmente exilado e acusado por corrupção.

Yingluck recusou demitir-se, mas marcou eleições que sabia que iria ganhar. Ainda não foram divulgados os resultados da votação de 2 de Fevereiro, mas se por um lado a vitória de Yingluck é certa, a oposição conseguiu dificultá-la de modo suficiente para a participação ser menor do que o habitual.

As batalhas mais importantes travam-se agora nos tribunais, diz o correspondente da BBC Jonathan Head em Banguecoque. Os democratas pediram a anulação das eleições, que deverá ser difícil de conseguir, diz Head.

Por outro lado, há duas investigações pela Comissão Nacional Contra a Corrupção, uma dos subsídios ao arroz do Governo de Yingluck, e outro por uma tentativa de 223 deputados do seu partido, Pheu Thai, de alterar a constituição.

A oposição continua a achar que os protestos continuados irão forçar o Governo a negociar, o Governo continua a esperar que, com números cada vez menores, os protestos desapareçam. “Se há um acordo no horizonte para acabar a crise na Tailândia, este não é ainda visível”, conclui o jornalista.

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