“Sinto muito. Errei e não voltará a acontecer”. Foi assim, de forma muito breve – e pouco depois de ter tido alta hospitalar –, que o rei de Espanha reagiu à polémica suscitada pela caçada em que participou no Botswana e durante a qual partiu a bacia.

Antes de abandonar o Hospital USP San José de Madrid, onde foi submetido a uma cirurgia a uma fractura à bacia, o rei Juan Carlos fez uma curta declaração, na qual além do pedido de desculpas agradeceu à equipa médica que durante cinco dias o acompanhou. “Estou desejoso de regressar às minhas obrigações. Sinto muito. Errei e não voltará a acontecer”, disse o monarca.

Juan Carlos terá tentado desta forma amenizar a polémica que nos últimos dias tem alimentado a imprensa espanhola e internacional sobre a viagem para uma caçada em África.

Em tempos de crise e contenção, a participação do rei numa caçada destinada a milionários levou muitos espanhóis a manifestarem a sua indignação. Além disso, o monarca é presidente honorário da World Wide Fund for Nature (Fundo Mundial da Natureza) – cargo que foi posto em causa pelo facto de o rei ter ido caçar elefantes.

Inicialmente era avançado que a viagem teria sido financiada com dinheiros públicos mas, como avançou o El Mundo, foi o magnata hispano-saudita de origem síria Mohamed Eyad Kayali que convidou o monarca a caçar com ele e quem pagou a factura.