Mullah Omar desapareceu do "esconderijo"

Foto
O mullah Omar fotografado pelo fotógrafo oficial taliban Khalid Hadi Reuters

O chefe supremo dos taliban, mullah Mohammad Omar, desapareceu do seu “esconderijo” no Paquistão há quatro ou cinco dias, afirmaram nesta segunda-feira os serviços secretos afegãos, depois de notícias que o davam como morto.

De acordo com os serviços de informação de Cabul, Omar estaria escondido em Quetta, no Baluchistão (província do Sudoeste paquistanês próxima da fronteira afegã). “Desapareceu do seu esconderijo... há quatro ou cinco dias”, mas “por agora, não podemos confirmar a sua morte”, declarou numa conferência de imprensa Lutfullah Mashal, porta-voz da Direcção Nacional de Segurança (NDS). “As nossas fontes, e comandantes taliban importantes, confirmaram não ter conseguido contactar o mullah Omar” onde este se encontrava habitualmente, precisou.

Um responsável da NDS que quis manter o anonimato afirmara antes a vários órgãos de comunicação que o mullar Omar tinha sido morto na sexta-feira no Paquistão pelos serviços secretos paquistaneses (ISI) durante a sua transferência de Quetta para o Waziristão do Norte, nas zonas tribais paquistanesas do Noroeste. Teria sido a própria agência a exigir a sua mudança de esconderijo.

A notícia foi de seguida firmemente desmentida pelos rebeldes. “É propaganda pura. É totalmente impossível”, declarou à AFP a partir de um local desconhecido um porta-voz, Zabihullah Mujahid. O mesmo responsável adiantou que o mullah Omar continua a “dirigir os mujahedine a partir do Afeganistão”.

Também em Islamabad, o ministro do Interior, Rehman Malik, afirmou não ter nenhuma informação relativa à sorte do líder religioso taliban.

Sugerir correcção
Comentar