Mubarak condenado a três anos de prisão por desvio de fundos

Foto
Mubarak ffoi derrubado pela revolução de 2011 HASSAN MOHAMED /AFP

O antigo Presidente egípcio Hosni Mubarak foi condenado nesta quarta-feira a três anos de prisão por apropriação ilícita de 125 milhões de libras egípcias (13,5 milhões de euros). Os dois filhos do ditador, Gamal e Alaa, foram condenados pelo mesmo crime a penas de quatro anos.

Não é imediatamente claro se o tempo que Mubarak, que esteve presente na leitura da sentença,  já passou detido será descontado ou se terá de cumprir na íntegra a pena. O tribunal de primeira instância ordenou ainda que Mubarak e os filhos, igualmente detidos, paguem uma multa de 21 milhões de libras egípcias (2,1 milhões de euros).

Derrubado pela revolução de 2011, o antigo ditador aguarda num hospital militar a repetição do processo em que é acusado de cumplicidade na morte de manifestantes durante aquela revolta. Em Junho de 2012 foi condenado a prisão perpétua, mas um tribunal superior anulou o julgamento e ordenou a sua repetição.

Com a revolução ainda fresca, o início do julgamento de Mubarak, dos dois filhos e de vários colaboradores foi seguido com grande atenção pelos egípcios. Mas as convulsões dos últimos três anos retiraram protagonismo ao processo e hoje as atenções viram-se para os julgamentos de Mohamed Morsi, o primeiro Presidente eleito do Egipto, e dos muitos dirigentes da Irmandade Muçulmana presos após o golpe militar de Julho de 2013.

A condenação do antigo raïs acontece também a dias da eleição de Abdel Fattah al-Sissi, o general que foi seu chefe dos serviços de informação e que é agora o novo senhor da política egípcia.  

Sugerir correcção
Comentar