Madonna enfrenta processo por danos morais por ter apoiado homossexuais na Rússia

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A cantora convidou o público a mostrar a sua "estima e amor" pela comunidade gay Foto: Maxim Shemetov/Reuters

Um tribunal de São Petersburgo, na Rússia, vai decidir até ao final da semana o seguimento a dar à queixa feita contra a cantora norte-americana Madonna, por ter apoiado os homossexuais durante um concerto naquela cidade. Se o processo avançar, a cantora poderá ter de pagar por "danos morais".

“A queixa contra a cantora Madonna foi apresentada na passada sexta-feira. O tribunal deve decidir dentro de cinco dias se é admissível”, disse Tatiana Senko, do tribunal Moskovski de São Petersburgo, em declarações à agência de notícias France Press.

Os queixosos são nove activistas de grupos ultra-nacionalistas pouco conhecidos, como a Nova Grande Rússia e o Sindicato dos Cidadãos da Rússia, que se sentiram ofendidos pelas palavras da cantora, que se manifestou a favor da causa homossexual durante um concerto naquela cidade, a 9 de Agosto.

Os activistas consideram também que a artista ofendeu os sentimentos religiosos dos ortodoxos, ao difundir imagens de cruzes ortodoxas partidas durante o concerto.

“Os queixosos reclamam uma indemnização por danos morais”, disse Tatiana Senko, sem precisar qual o montante pedido. Na sexta-feira, o advogado dos militantes, citado pelas agências de notícias russas, disse que os seus clientes pedem uma indemnização de 8,5 milhões de euros.

Durante o seu concerto em São Petersburgo, a rainha da pop norte-americana tinha nas costas a inscrição “Fearless” (Sem medo) e convidou o público a “mostrar a sua estima e o seu amor” pela comunidade gay.

Uma lei aprovada em Fevereiro naquela cidade pune qualquer “acto público” que faça a promoção da homossexualidade. A homossexualidade é considerada crime na Rússia desde 1993 e é vista como uma doença mental desde 1999.

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