Incêndios florestais ameaçam arredores de Sydney

Autoridades consideram que há “um risco muito real” de os três maiores incêndios da região “se unirem num único” e se aproximarem da maior cidade do país.

Fotogaleria
Incêndio a ocidente de Sydney Reuters
Fotogaleria
Greg Wood/AFP
Fotogaleria
Greg Wood/AFP
Fotogaleria
Reuters
Fotogaleria
Reuters
Fotogaleria
Jeff Shmaltz/NASA/AFP

Os bombeiros australianos estão, neste domingo, a lutar contra grandes incêndios que, há vários dias, devastam o sudoeste do país e cujos efeitos já se sentem em Sydney, a maior cidade do país.

O agravamento da situação e as condições meteorológicas levaram o primeiro-ministro do Estado de Nova Gales do Sul, Barry O’Farrell, a declarar o estado de emergência — o que permite aos bombeiros retirarem populações à força ou cortarem, se necessário, o abastecimento de gás. “Estamos a prepararmo-nos para o pior, esperando o pior”, justificou, citado pela BBC.

O chefe dos bombeiros do estado, Shane Fitzsimmons, tinha-se anteriormente referido a “uma situação sem precedentes em termos de risco” na região das Montanhas Azuis e de Hawkesbury. As autoridades consideram que a ameaça é a mais grave dos últimos 40 anos.

Os incêndios de maiores proporções são os das Montanhas Azuis, uma centena de quilómetros a ocidente de Sydney. Uma nuvem de fumo e cinza chegou já a fazer a cidade mergulhar temporariamente na escuridão, segundo a AFP.

As autoridades consideram que há “um risco muito real” de os três maiores incêndios da região — dois nas Montanhas Azuis e um perto da cidade de Lithgow — “se unirem num único” e se aproximarem de Sydney. “É uma hipótese que nos inquieta muito”, disse um porta-voz dos bombeiros.

Os habitantes de Bell, nas Montanhas Azuis, receberam neste domingo ordem para abandonar a localidade e foi decretada a proibição de fazer fogo em Sydney e nos arredores. Nas Montanhas Azuis vivem cerca de 76 mil pessoas; em Sydney, 4,4 milhões.

200 casas destruídas
Os incêndios que têm lavrado com intensidade no estado de Nova Gales do Sul, beneficiando da seca e de temperaturas anormalmente elevadas, destruíram já mais de 200 casas e danificaram outras 120. Apesar da intensidade dos incêndios, até agora morreu apenas uma pessoa: um homem de 63 anos, que terá sido vítima de uma crise cardíaca, quando tentava proteger a sua casa das chamas, a norte de Sydney.

Na sexta-feira, os bombeiros tiveram uma ajuda meteorológica — as temperaturas baixaram e o vento passou a soprar com menos intensidade — mas, neste momento, o calor aumentou e os ventos sopram a mais de 100 quilómetros por hora.

O Exército australiano anunciou, no sábado, a possibilidade de um dos incêndios, que deflagrou na quarta-feira a cerca de 80 quilómetros a noroeste de Sydney, ter sido provocado por exercícios de treino com explosivos.

Os incêndios florestais são frequentes no Verão austral, de Dezembro a Fevereiro. Em 2009, um incêndio no estado de Victoria, no Sul, causou a morte de 173 pessoas e queimou milhares de habitações.

Sugerir correcção
Comentar