Foi preso o presidente da empresa do ferry que naufragou na Coreia do Sul

Vai ser acusado de homicídio e violação do direito marítimo.

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Memorial às vítimas do naufrágio AFP

O presidente da companhia de navegação Chonghaejin Marinha Co, dona do ferry que naufragou na manhã de 16 de Abril, causando a morte de mais de 300 pessoas, foi preso esta quinta-feira.

Kim Han- Sik, presidente do conselho de administração da Chonghaejin Marinha, é suspeito de ser cúmplice do naufrágio, ou de pelo menos ter ignorado a sobrecarga da balsa – o ferry transportava o triplo do peso permitido –, um factor que terá contribuído para o naufrágio, de acordo com especialistas. Foram também ilegalmente instaladas várias cabines em 2012,o que poderá ter desestabilizado o equilíbrio do ferry.

" Kim será alvo de várias acusações, incluindo homicídio e violação do direito marítimo ", disse o procurador Yang Jung-Jin à agência francesa AFP.

Algemado e com um boné e uma máscara cirúrgica que lhe escondia o rosto, a operação da detenção de Kim foi mostrada para todo o povo sul-coreano através das câmaras de televisão. O mesmo aconteceu anteriormente com os 15 membros da tripulação detidos.

"Peço desculpas às vítimas e às suas famílias ", disse Kim de cabeça baixa e recusando de imediato a responder a quaisquer perguntas feitas pelos jornalistas.

O navio transportava 476 pessoas, incluindo 325 estudantes. O desastre matou 302 pessoas, 280 delas adolescentes. Apenas 172 pessoas sobreviveram (as autoridades sul-coreanas afirmavam que 174 pessoas tinham sobrevivido, contudo os últimos dados oficias vieram a confirmar apenas 172 sobreviventes).  

Resta ainda recuperar 33 corpos que se encontram dentro do navio. Na quarta-feira, o primeiro-ministro demissionário – afastou-se do cargo devido ao desastre – disse que os mergulhadores e todas as restantes autoridades devem fazer esforços para que a " investigação esteja completa até 10 de Maio, a fim de aliviar a dor e o sofrimento das famílias dos desaparecidos“.

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