Detido o último fugitivo do ataque ao metro de Tóquio

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Katsuya Takahashi à saída de uma esquadra nesta sexta-feira Foto: AFP

O último membro ainda em fuga da seita secreta Aum Shinrikyo (Verdade Suprema), responsável pelo ataque com gás sarin ao metro de Tóquio em 1995 e que provocou a morte a 13 pessoas, foi finalmente detido, 17 anos após o ataque.

Katsuya Takahashi, de 54 anos, foi interpelado num café do bairro de Kamata, no sul de Tóquio. Após ser levado pelas autoridades, o homem reconheceu ser o suspeito procurado pela polícia, indica a AFP.

A detenção foi possível graças às informações prestadas por uma outra pessoa que pertencia à seita e que foi detida no início deste mês. A detenção de Naoko Kikuchi, uma mulher de 40 anos, permitiu que as autoridades chegassem a Takahashi, suspeito de ter conduzido até ao metro uma das pessoas responsáveis pelo lançamento do gás sarin – uma substância tóxica e potencialmente mortal quando inalada.

Com as informações prestadas pela mulher, a polícia nipónica lançou uma vasta caça ao homem na região de Tóquio.

Kikuchi e Takahashi, que trabalharam durante todo este tempo com recurso a falsas identidades, eram dois dos três membros da seita Aum Shinrikyo que escaparam à polícia depois dos atentados de Março de 1995 que fizeram 13 mortos e mais de 6000 feridos no metro de Tóquio.

Um ano antes, em Junho de 1994, esta seita também lançou gás sarin na cidade de Matsumoto (centro), provocando oito mortos.

O terceiro fugitivo, Makoto Hirata, de 47 anos, entregou-se à polícia em finais de Dezembro passado.

Perto de 200 membros da seita Verdade Suprema foram condenados pelo seu envolvimento no ataque contra o metro de Tóquio. Treze aguardam a sua vez de serem executados.

Aum Shinrikyo começou, na década de 1980, por ser um grupo espiritual que misturava crenças hindus e budistas, mas acabou por se transformar num culto obcecado pelo fim do mundo.

O líder do culto, Shoko Asahara, de 57 anos, é um dos que aguardam a execução, depois de ter sido condenado à pena capital em Fevereiro de 2004. Asahara, cujo verdadeiro nome é Chizuo Matsumoto, um mestre de ioga parcialmente cego, conseguiu reunir cerca de 10 mil adeptos nos tempos áureos da seita.

Hoje em dia a seita continua a ter existência legal no Japão, mas é vigiada de perto pela polícia. Abandonou o seu nome anterior e agora é conhecida pela designação Aleph, a primeira letra do alfabeto hebreu.

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