EUA estão a fazer ataques selectivos contra líderes do EI

Missões secretas com drones na Síria são efectuadas em conjunto pela CIA e as forças especais.

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As missões secretas na Síria são feitas com drones DOMINIQUE FAGET/AFP

A CIA e as forças especiais norte-americanas estão a levar a cabo uma campanha de eliminação selectiva dos líderes do grupo radical Estado Islâmico (EI) na Síria, noticiou esta terça-feira o jornal The Washington Post. Estes ataques, efectuados como drones, já levaram à morte na semana passada do britânico Junaid Hussain, um ciberactivista do EI perto de Raqqa, no norte da Síria, segundo escreve o mesmo jornal que cita responsáveis norte-americanos não identificados.

Nesta campanha, a CIA e o CTC (centro antiterrorista) “receberam ordens para terem um papel mais vasto na identificação e localização” de líderes do EI. Os ataques são efectuados exclusivamente sobre a autoridade do JSOC, uma unidade muito discreta do comando das forças especiais norte-americanas. Uma fonte refere ao Washington Post que até agora já foram realizados “uma mão cheia” de ataques deste género, sendo que os EUA já conduziram cerca de 2500 ataques convencionais contra as posições dos jihadistas na Síria ao longo do último ano.

O CTC e o JSOC “são dois dos instrumentos preferidos” da Administração do Presidente Barack Obama contra os grupos extremistas, escreve o Washington Post. A junção dos esforços destes dois organismos reflecte a crescente ansiedade entre os responsáveis do combate ao terrorismo sobre o perigo que o Estado Islâmico representa, bem como a frustração com a fraca eficácia dos ataques convencionais para degradar a força do grupo jihadista.

O jornal lembra que foi o CTC que seguiu o rasto de Osama bin Laden, e que foi o JSOC que concebeu e realizou a operação que terminou com a morte do líder da Al-Qaeda em 2011. Esta repartição de tarefas – que dá aos militares do JSOC o controlo dos ataques – corresponde ao objectivo da Administração Obama de recentrar a CIA nas suas actividades de espionagem, em detrimento das suas actividades paramilitares como é o caso dos ataques selectivos com drones. Mas a CIA continua a efectuar este tipo de ataques em outros países, nomeadamente no Iémen e no Paquistão.

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