Desmond Tutu distinguido com o prémio Templeton

Fundação destacou "profunda fé e compromisso com a oração e a adoração" do arcebispo sul-africano que lutou contra o regime do apartheid.

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Desmond Tutu foi Nobel da Paz em 1984 B Mathur/Reuters

O arcebispo sul-africano Desmond Tutu foi distinguido com o Templeton Prize, no valor de 1,7 milhões de dólares (1,3 milhões de euros), pelo seu trabalho para promover “o amor e o perdão”.

O Nobel da Paz ficou conhecido durante a década de 1980 pela luta contra o regime da minoria branca do apartheid, na África do Sul, quando Nelson Mandela estava preso. A Templeton Foundation, a organização que atribui o prémio, destacou a “profunda fé e o compromisso com a oração e a adoração” do arcebispo sul-africano.

Tutu, de 81 anos, agradeceu a “todas as pessoas maravilhosas” que o aceitaram como seu líder. “Quando se está numa multidão e se sobressai dessa multidão normalmente é porque se está a ser carregado nos ombros dos outros”, afirmou quando soube que o prémio lhe tinha sido atribuído.

O religioso sul africano foi Nobel da Paz em 1984 pela sua luta contra o regime do apartheid, que diz ter sido sempre motivada pela religião. Quando Mandela chegou a Presidente escolheu-o para estar à frente da Comissão para a Verdade e Reconciliação da África do Sul, criada para investigar os crimes cometidos por ambos os lados durante o período segregacionista.

O Templeton é um dos maiores prémios a nível mundial e distingue todos os anos uma pessoa que ainda esteja viva que tenha dado uma “contribuição excepcional para afirmar a dimensão espiritual da vida”. Foi criado em 1972 pelo investidor norte-americano John Templeton.

A primeira pessoa a recebê-lo foi Teresa de Calcutá em 1973. No ano passado foi atribuído a Dalai Lama, que entregou o dinheiro a instituições de caridade. 

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