Confrontos entre apoiantes da Irmandade Muçulmana e polícia no Egipto

Protestos contra deposição de Morsi terminam em violência. Polícia dispara balas verdadeiras contra os manifestantes.

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Apoiantes da Irmandade Muçulmana saíram à rua no Cairo e outras cidades REUTERS/Amr Abdallah Dalsh

A violência voltou esta tarde às ruas da capital do Egipto, e a outras cidades para onde foram convocadas marchas de protesto pelos apoiantes da Irmandade Muçulmana e do Presidente deposto, Mohamed Morsi.

Segundo as agências noticiosas, brigadas da polícia antimotim estão a disparar gás lacrimogénio e balas verdadeiras para impedir o acesso dos manifestantes à Praça Tahrir, no Cairo. O correspondente da BBC fala em explosões e tiroteio, não só no centro da cidade, mas também em vários subúrbios e na estrada para Gizé. Fontes médicas citadas pela Reuters confirmaram a morte de um manifestante.

Em Alexandria, a segunda cidade do país, as autoridades também usaram gás lacrimogéneo para evitar confrontos entre manifestantes e residentes da área dos protestos.

Houve relato de outros confrontos entre islamistas e forças de segurança em duas cidades do delta do Nilo e junto ao Canal do Suez.

O Governo nomeado pelos militares avisou que não seriam toleradas mais acções de protesto da Irmandade Muçulmana, cuja actividades foram proibidas por ordem judicial.

Mas os apoiantes do movimento islâmico têm desafiado as ordens da autoridade e mantido a “tradição” dos protestos à sexta-feira, depois de cumpridas as orações do meio-dia. A participação nas marchas tem vindo a crescer, e os organizadores prometeram intensificar os seus esforços de mobilização para um grande protesto no domingo, para assinalar o 40.º aniversário do primeiro ataque do Egipto contra Israel, na guerra de 1973.
 
 
 
 
 

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