Ataques no Iraque fazem pelo menos 73 mortos

Explosão contra peregrinos xiitas em Bagdad no sábado.

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Um dia depois, os peregrinos continuam a acorrer ao túmulo do imã AFP

A violência no Iraque deixou pelo menos 73 mortos, neste sábado, dos quais 49 foram vítimas de um ataque contra peregrinos xiitas em Bagdad, informaram fontes médicas e policiais.

A explosão aconteceu no distrito de Adhamiyah. Os peregrinos seguiam para um templo para homenagear o imã Mohamed al Jawad, o nono imã xiita.

Os primeiros testemunhos ainda não permitem determinar se a explosão foi provocada por uma bomba seguida por um atentado suicida, ou se o ataque foi obra de um único bombista suicida. Além disso, outras 65 pessoas ficaram feridas.

O mausoléu, para o qual os peregrinos se dirigiam, abriga o túmulo dos imames Musa al Kazem e Mohamed al Jawad, duas veneradas figuras dos xiitas.

Antes disso, junto a um café ao norte de Bagdad, 12 pessoas morreram e 35 ficaram feridas devido a um bombista suicida, segundo fontes médicas e policiais. Em Agosto, o mesmo estabelecimento, situado na localidade de Balad, foi cenário de outro ataque suicida. Na altura morreram 16 pessoas.

Também neste sábado, a contabilidade dos mortos continuou a crescer com dois jornalistas de uma emissora de televisão iraquiana que foram assassinados a tiro em Mossul, no norte do país.

Na localidade de Muqdadiyah, ao nordeste de Bagdad, uma bomba colocada junto a uma estrada matou uma pessoa e feriu três. Em Bayaa, periferia da capital, outra bomba provocou dois mortos e dez feridos.

O ministro iraquiano da Defesa anunciou que as forças da ordem mataram cinco pessoas em confrontos no sul da cidade de Baiji e outros dois na província de Nínive, no norte.

O Iraque registou, nos últimos meses, um aumento do número de ataques, com uma escalada inédita da violência desde 2008. Os ataques são cometidos especialmente em locais movimentados, como cafés, mesquitas, campos de futebol, mercados ou em cerimónias fúnebres.

Mais de 110 pessoas morreram em ataques desde o início de Outubro, o que eleva para pelo menos 4800 o número de mortos este ano. O balanço feito pela AFP tem como base dados das forças de segurança e fontes médicas.

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