Vereadora PS na Trofa suspende mandato e acusa maioria de "insensibilidade"

A ex-autarca socialista é também deputada na Assembleia da República e alega "motivos pessoais e de saúde" para a suspensão do mandato.

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Joana Lima foi presidente da Junta de Freguesia de Trofa entre 2009 e 2013 Nelson Garrido

A vereadora socialista Joana Lima, oposição na câmara da Trofa liderada pelo PSD/CDS-PP de Sérgio Humberto, pediu a suspensão de mandato por "motivos pessoais e de saúde", acusando o executivo de "falta de sensibilidade".

Em declarações à agência Lusa, Joana Lima - que presidiu à autarquia da Trofa, distrito do Porto, de 2009 a 2013, tendo perdido as últimas autárquicas para Sérgio Humberto - explicou que se viu "obrigada" a pedir a suspensão de mandato por 180 dias por não lhe terem sido atendidos "vários pedidos insistentes".

A vereadora socialista, que é também deputada na Assembleia da República, contou que "por motivos de saúde" tem tido dificuldade em fazer as viagens entre Lisboa e a Trofa, tendo pedido ao executivo para alterar o dia das reuniões semanais que habitualmente se realizam às quintas-feiras para as segundas-feiras.

"Não tive outra alternativa a não ser pedir a suspensão de mandato. Lamento porque são dois cargos perfeitamente acumuláveis que quero executar bem. Lamento que tenham sido insensíveis ao pedido de troca do dia das reuniões", disse Joana Lima.

Confrontado com estas declarações, o presidente da câmara da Trofa classificou este tema como "um não-assunto" e disse "retirar desta tomada de posição que a vereadora está a colocar outros interesses acima dos interesses do Município da Trofa".

"As reuniões foram unanimemente aprovadas por todos os vereadores no início do mandato. Ficou estipulado que as reuniões se realizassem às quintas-feiras de manhã devido a todos à agilização de todos os procedimentos para o normal funcionamento da câmara. E estamos a falar de uma vereadora que falhou cerca de 23% das reuniões e muitas delas ainda não desempenhava o cargo na Assembleia da República. É justificar o injustificável", disse à Lusa Sérgio Humberto.

Joana Lima deverá ser substituída por Manuel Silva que ocupava a quarta posição na lista do PS às autárquicas.

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