Vão fechar esquadras da PSP em Lisboa e Porto, mas também vão abrir novas, garante ministro

“Não se trata de encerramentos, trata-se de redimensionar o dispositivo”, sublinha Miguel Macedo

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O sindicato considera que existem riscos de extinção de “algumas das principais referências da PSP” Daniel Rocha

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, garante que, apesar de estar previsto o encerramento de várias esquadras da PSP nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, isso não significa uma redução dos meios policiais nas principais cidades do país. A reorganização do dispositivo prevê também a abertura de novas unidades e a deslocalização de outras, garante o governante.

O objectivo central destas alterações é “acabar com algumas irracionalidades do dispositivo”, avança o ministro. Miguel Macedo lembra que o mapa das instalações da PSP em Lisboa e no Porto “foi definido há muitos anos” e desde então houve alterações na ocupação do território e desenvolvimentos urbanos em algumas áreas a que agora é preciso dar resposta. “Não se trata de encerramentos, trata-se de redimensionar o dispositivo”, sublinha Miguel Macedo, admitindo que haverá “com certeza” encerramentos, mas também a abertura de novas esquadras e relocalizações.

Esta reforma parte de uma proposta técnica apresentada pela PSP, que propunha o encerramento de oito esquadras de atendimento na região do Porto – na Praça do Coronel Pacheco, na Rua da Boavista, no Carvalhido, no Lagarteiro, em São João de Deus e Areosa, e Leça da Palmeira (Matosinhos) – e ainda três postos de informação de polícia – Guifões e Leça do Balio (Matosinhos) e Vilar de Andorinho (Gaia).

Em Lisboa, a proposta apontava para o fim de 11 esquadras – Santa Marta, Boavista, Mouraria, Rato, Zona J de Chelas, Campolide, Horta Nova, Bairro Padre Cruz, Quinta da Cabrinha, Arroios e Santa Apolónia – e a abertura de dois serviços de atendimento partilhado e de policiamento de proximidade.

O MAI sublinha que nunca esteve “surdo nem cego às preocupações locais”. “Temos a noção de que é importante, numa reorganização destas, que haja a percepção de que não queremos aumentar o sentimento de insegurança nem há nenhuma razão para isso”.

O debate tem sido feito “de forma muito intensa” em Lisboa e no Porto, com as câmaras das duas áreas metropolitanas e também com os presidentes de junta de freguesia, e tem havido “aproximações em relação ao resultado final”, que Miguel Macedo considera “muito positivas”.

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