Substituição do piso do Jardim do Príncipe Real tarda em avançar

Depois de ter dito que a intervenção avançaria em Outubro passado, a câmara faz agora uma previsão menos concreta: será em 2015.

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Utilizadores do jardim queixam-se do pó, que se acumula nos bancos Miriam Lago/Arquivo

Há um ano, o vereador da Estrutura Verde na Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, admitiu que a intervenção realizada em 2010 no piso do Jardim França Borges, no Príncipe Real, “correu mal”. Na altura, disse que esperava resolver o problema até ao final do ano e em Maio o seu assessor avançava uma data: Outubro. No entanto, até agora nada aconteceu.

“A intervenção no pavimento do Jardim França Borges está prevista para 2015”, disse nesta quinta-feira o assessor de Sá Fernandes, mas sem adiantar uma data concreta. Também não revelou o custo da operação, que será totalmente suportado pela câmara. “A obra deverá ser executada em articulação com a Junta de Freguesia da Misericórdia [para a qual foi transferida a gestão do jardim de 1,2 hectares, em Março de 2014], nos moldes referidos anteriormente”, declarou.

Porém, na junta presidida pela socialista Carla Madeira pouco se sabe. Em resposta ao PÚBLICO, a autarca diz que “não tem conhecimento da data provável para o avanço dos trabalhos de remoção e substituição do piso” do jardim. A junta também “não sabe exactamente qual a solução que será utilizada”, embora tenha indicação de que “provavelmente será um piso idêntico ao usado no Jardim de Santos e do Jardim D. Luís”.

Em Maio do ano passado, quando informou que a intervenção deveria ocorrer em Outubro e seria “relativamente rápida”, o assessor de imprensa de Sá Fernandes afirmou que o actual pavimento de saibro estabilizado feito à base de pó de vidro reciclado, denominado Aripaq, ia ser substituído por “betuminoso colorido, um agregado com 2,5 centímetros de grossura, permeável”.

A solução adoptada há cinco anos, por ocasião da requalificação do jardim situado junto à Rua da Escola Politécnica, foi criticada desde logo por moradores e frequentadores do espaço, devido ao pó que se levanta nos dias secos e à lama que se forma quando chove. Apesar de a câmara ter tentado remediar o problema em 2012, regando o piso com uma solução química agregadora da camada superficial, o pó continua no ar. Só em Fevereiro de 2014 é que Sá Fernandes assumiu o erro: “Foi tentada a rectificação, mas agora tem piorado e ainda não consegui resolver o assunto.”

 

 

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