Polo Zero para os estudantes do Porto arranca a todo o gás

Com dez anos de atraso, começaram as obras para o projecto de apoio a estudantes e que têm uma previsão de conclusão de dois meses.

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Após dez presidentes da Federação Académica do Porto (FAP), dois mandatos de Rui Rio e um meio mandato de Rui Moreira, o Polo Zero do Porto, destinado aos estudantes, viu nesta quarta-feira iniciadas as obras na zona central da cidade do Porto, junto à Torre dos Clérigos, depois de sucessivos atrasos.

A previsão é de que, segundo o Presidente da FAP, Daniel Freitas, informou ao PÚBLICO, as obras estejam concluídas até meio de Novembro, “já a considerar imprevistos”.

Os objectivos que foram inicialmente idealizados para o projecto mantêm-se, mas alguns tiveram de ser readaptados passados estes 10 anos. “A ideia era muito antiga, queria-se um espaço para dar resposta aos estudantes, um espaço de estudo e de acesso à internet”, reitera Daniel Freitas. E prossegue: “Agora o acesso à web e ao computador existe em todo o lado, mas não queremos deixar de dar resposta a quem precise”. Desta forma, ao espaço de estudo juntam-se outras ideias para o local, como é o caso de eventos culturais, formações e palestras. O Presidente da FAP reforça ainda um outro objectivo, o de “o espaço funcionar como âncora para estudantes que queriam desenvolver negócios”, sublinhando o interesse em ter especialistas na área do empreendedorismo para auxiliar recém-licenciados e finalistas que queriam potenciar as suas ideias.

Outro dos propósitos do espaço é o apoio aos novos estudantes, tanto aqueles que estão deslocados como os alunos de programas de mobilidade. “Para muitos será o primeiro contacto no país. Vão precisar de alojamento, de um cartão de telemóvel, uma conta bancária. Queremos assegurar que os possam encontrar ali, pelo menos nas alturas de maior afluência”, refere Daniel Freitas, adiantanto que nos meses de Setembro e Janeiro o serviço estará permanentemente no local.

O Polo Zero deverá assim servir como “um catalisador de actividade da Academia do Porto”, salienta Daniel Freitas, que destaca como factor diferenciador a sua localização central, que poderá potenciar as actividades lúdicas. O presidente da FAP refere ainda como objectivo que haja alguém responsável pela dinamização da agenda do espaço. “Estamos a tentar parcerias com o museu Serralves e com a Casa da Música”, destaca a título de exemplo.

O objectivo é que o financiamento deste projecto seja feito pela Universidade do Porto e o Instituto Politécnico do Porto, que já tinham sido referidos pela FAP, a que se juntam agora a Universidade Lusíada, a Universidade Católica e a Universidade Portucalense, para além da Câmara Municipal do Porto, com quem a FAP assinou o contrato-programa no passado mês de Julho. Os valores com os parceiros académicos ainda não foram acordados, mas Daniel Freitas destaca “o vivo interesse que todos mostraram em fazer parte”. Quanto à autarquia, o investimento foi de 100 mil euros. 

No que aos recursos humanos diz respeito, o presidente da FAP fala na aposta num sistema híbrido. "Queremos ter uma pessoa fixa, para dar resposta aos utilizadores, e também ter uma rede de estudantes universitários que possam estar envolvidos algumas horas por dia, de forma remunerada”, adianta.

Apesar dos atrasos e burocracias, prevê-se que, a partir de Novembro, os alunos do Porto e a comunidade possa usufruir do Polo Zero, que Daniel Freitas sintetiza como “um espaço onde se pode estudar, trabalhar, estar”.

Texto editado por Ana Fernandes
 

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