Obras na Avenida da Boavista param em Novembro para não estragarem Natal dos comerciantes

Arranque da 5.ª fase da empreitada atirada para meados de Janeiro

Foto
Paulo Pimenta

As obras de requalificação da Avenida da Boavista vão fazer um intervalo até Janeiro. Ou seja, quando terminarem as obras ainda em curso, da 3.ª e da 4.ª fase, não se irão iniciar imediatamente os trabalhos da fase seguinte. Embora a autarquia admita algumas intervenções “minimalistas”, a 5.ª fase só deve arrancar em força em meados de Janeiro. O objectivo é não prejudicar as vendas da época de Natal dos comerciantes do troço situado entre a Rua de António Cardoso e Bessa Leite, a zona correspondente à 5.ª fase da empreitada de requalificação da artéria.

A decisão foi tomada após uma reunião entre os comerciantes, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e a vereadora da Mobilidade, Cristina Pimentel, no início de Setembro. Segundo fonte da autarquia, alguns comerciantes estavam já a preparar-se para não abrir as portas num dos períodos mais importantes de vendas do ano caso as obras se instalassem às suas portas nos meses de Novembro e Dezembro. O município decidiu, por isso, adiar o arranque da fase seguinte dos trabalhos, o que deverá adiar o prazo final de conclusão da empreitada.

A Câmara do Porto mantém a data prevista para o final da 3.ª e da 4.ª fase da requalificação da Avenida da Boavista para meados do mês de Outubro, depois de, a 15 de Setembro ter aberto uma via para “o trânsito descendente” no troço que se encontra actualmente em obras. Se o calendário inicial fosse cumprido, Novembro deveria ver já o arranque normal da 5.ª fase, na parte da avenida compreendida entre a Rua de António Cardoso e Bessa Leite.

A projecção inicial da empresa municipal GOP – Gestão de Obras Públicas é que seria possível concluir a 5.ª e a 6.ª fases (entre Bessa Leite e a Rua do Primeiro de Janeiro) até ao final de Fevereiro de 2015, mas a decisão agora assumida pela autarquia vai fazer prolongar os trabalhos um pouco mais.

A empreitada de requalificação da Avenida da Boavista foi lançada ainda no mandato de Rui Rio, com o objectivo de uniformizar toda a artéria. Com as 3.ª e 4.ª fases em curso, estão ainda por realizar as duas últimas fases, que irão levar a intervenção até à Rua do Primeiro de Janeiro. Orçada em cerca de sete milhões de euros, a obra permitiu a substituição de infra-estruturas de água, electricidade e telecomunicações, a mudança de piso, a instalação de novos contentores de lixo enterrados e a criação de uma ciclovia em cada sentido. Rui Moreira já referiu que esta não seria uma prioridade do seu mandato mas que teve de dar continuidade a um projecto que já estava no terreno.

Depois de os trabalhos iniciais terem sido desenvolvidos com recurso ao corte total da avenida e à criação de percursos alternativos, o executivo de Rui Moreira procurou alterar este plano, mantendo, pelo menos, uma via de circulação aberta na própria Boavista. Uma solução que não foi possível utilizar em todos os momentos e que não se sabe ainda se será utilizada nos trabalhos que faltam realizar.

As obras da Boavista têm sido difíceis de suportar para os moradores e comerciantes, que já fizeram mesmo chegar à câmara as suas preocupações, uma vez que alguns temiam ver o negócio sucumbir por causa da falta de clientes motivada pelos trabalhos à porta.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários