Helena Roseta "reforça" acordo com o PS e pede "mais concertação"

Cidadãos por Lisboa e PS assinam na segunda-feira uma "adenda" ao "acordo coligatório" de 2013. Helena Roseta e Duarte Cordeiro falam numa "reafirmação" do entendimento, face à mudança na presidência da Câmara de Lisboa.

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Na segunda-feira, Helena Roseta e Fernando Medina vão "reafirmar" o acordo celebrado em 2013 Miguel Manso

O PS e os Cidadãos por Lisboa vão assinar uma “adenda” ao “acordo coligatório” que subscreveram para as autárquicas de 2013. “É um reafirmar do compromisso que já tínhamos”, diz Helena Roseta, manifestando a “vontade” de que “haja mais concertação prévia” entre as duas partes.

“Não é nada de especialmente novo. É um reforço do acordo”, explica ao PÚBLICO Helena Roseta, que encabeça o movimento Cidadãos por Lisboa. A autarca, que neste mandato preside à Assembleia Municipal de Lisboa, justifica o acto público que se vai realizar na segunda-feira com o facto de haver agora “um novo quadro, com a mudança de presidente” da Câmara de Lisboa.

Além disso, a autarca admite que é sua “vontade” que entre o PS e os Cidadãos por Lisboa haja “um bocado mais de esforço de concertação prévia”. Algo que Helena Roseta reconhece que “muitas vezes não tem havido muito”, não só entre os vereadores da câmara, mas também entre a câmara e a assembleia municipal.

Aquilo que se passou com a proposta camarária de isenção de taxas ao Benfica é, na opinião do rosto dos Cidadãos por Lisboa, um exemplo disso mesmo. “Era escusada aquela cena toda se tivéssemos conversado todos uns com os outros. Não há necessidade de darmos espectáculos de divergências”, diz Helena Roseta, que atribui o problema a uma questão de falta de “tempo”.

“Tenho confiança e vontade de que as coisas se mantenham”, diz a autarca referindo-se ao acordo coligatório que foi celebrado em 2013, na sequência de um outro subscrito em 2009. Mas isso, frisa, não significa unanimidade: “Temos posições diferentes e vamos continuar a ter”, conclui.

Também o presidente do PS Lisboa diz ao PÚBLICO que aquilo que está em causa é “uma reafirmação do acordo”, “no âmbito das alterações na composição do executivo”. Face a essas alterações, justifica Duarte Cordeiro, “faz todo o sentido reafirmar os acordos coligatórios”. Não só aquele que foi celebrado com os Cidadãos por Lisboa, mas também aqueles que envolvem a associação Lisboa é muita gente (do vereador José Sá Fernandes) e o Parque das Nações Por Nós (movimento que conquistou a presidência da Junta de Freguesia do Parque das Nações).

Confrontado com a vontade de maior concertação manifestada por Helena Roseta, Duarte Cordeiro não considera que haja esta necessidade. “Nunca se perde por ter mais coordenação mas tem sido saudável a forma como temos vivido e resolvido as questões que têm surgido”, reage.

Quanto ao facto de a entrada no executivo de um terceiro vereador dos Cidadãos por Lisboa alterar o jogo de forças na câmara (dado que este movimento somado à oposição passa a ter mais um eleito do que o PS somado ao vereador Sá Fernandes), Duarte Cordeiro diz que “isso não será um assunto”. “Não haverá qualquer instabilidade inerente à alteração do executivo”, garante o actual vice-presidente da câmara, sublinhando que existe entre o PS e aquele movimento “um cuidado para não inviabilizar propostas que as outras partes considerem importantes”.

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